segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Obrigada 2012

Não me apraz pedir nada de especial para o 2013. Que não seja pior que 2012. Que mantenha as mesmas pessoas importantes, o trabalho, a paz, a saúde. Que termine a dissertação. Que viaje. Que ande muito de bicicleta. O que interessa sempre é a felicidade. Esta coisa boa que é um equilíbrio de tudo. Para mim e para vocês :)

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Este final de ano não está profícuo para palavras escritas ou grandes divagações. Estamos em modo muito descanso e algumas reflexões pessoais, mas nada de muito sério. A vida não é para ser levada demasiado a sério, não é?

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

41,2km

Ou de como hoje correu muito bem. E é isto o rescaldo do Natal. De meu Natal feito nas viagens entre casa e local de trabalho, com alteração de turnos à última da hora e um serviço em caos, que me impossibilitou de passar o dia 25 todo em família e me fez perder o meu primeiro almoço de dia de Natal. Cansaço é pouco para exprimir o que sinto. Mas a reserva de açúcar estava alta, com o bolo rei como anfitrião e os frutos secos como acompanhantes e a voltinha de bicicleta soube maravilhosamente bem.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Eu peço paz. Já fui de guerras, de lutas, de arregaçar o orgulho e o medo e batalhar. Agora não. Quero calma. Tanta calma para não quebrar a  homeostasia do meu corpo. Quero tanta calma que me obrigue a sentar num chão de madeira e me leve a re-aprender a ser eu. Quero essa calma para sentir o que senti hoje: o Natal foi ver uma utente melhorar dentro da impossibilidade de fugir a uma diagnóstico aterrador. O Natal, quero crer, levei-o eu a ela. E fico a pensar nisso para me custar menos aceitar esta vida de ironias demasiado macabras. Fico a pensar nisso e rezo para, daqui a umas horas, estar a abraçar os pais, os avós e o mano. Abraçá-los para nunca os perder, para os proteger de todos os males que esta vida hospitalar me revela. Abraçá-los tanto, mesmo que os abraços também sejam sorrisos e palavras bonitas. 
Portanto, peço um Natal em saúde e em família. E em paz. Muita.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

42 km

Hoje foram 42km em cima da bicicleta. E foi bom. Custou só um bocadinho porque não subimos muito mas foi maravilhoso pelos sítios onde andámos. Sabe sempre bem superar-me, acreditem. Sabe bem chegar a casa e tomar um duche quentinho, enquanto as pernas ainda não estão firmes.
Sabe bem conhecer um mundo aqui tão perto. E sempre na melhor das companhias: o pai e o meu amor.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

O tempo, esse malvado que voa e que serve de desculpa para tanto. O tempo, que escapa pelos dedos e, ao mesmo tempo, nos sobra nas palavras.
Esse tempo que preciso para ser feliz.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Bilirrubinas e transaminases tudo bem. O resultado de eventual carga viral demorará a chegar. Consulta daqui a 15 dias, novamente. Algo me diz que vai correr tudo bem. 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Como esta Skinny Love*

Às vezes fico-me numa música em modo repeat. Acaba e volta ao início. Assim, só porque sim. Para me lembrar quem sou, o que ainda quero e já não suporto. É por tudo isto que a minha necessidade de mim mesma é ridiculamente imensa. De mim, para mim. Assim, em pensamentos muitas vezes em círculos. Mas tem de ser. Viver sem pensar é insano. É viver pela metade. E eu não vivo pela metade, não posso ou estou a trair o super-ego.

*Bon Iver

domingo, 9 de dezembro de 2012

From hope*

Custa-me um bocadinho acordar às 7h para ir trabalhar. É mais o momento em que tenho de sair do quentinho, despir o pijama e vestir [e depois penso que, nem 45min após, volto a despir e vestir a farda branca].

Porque é de branco que me orgulho (ou, muitas vezes, disfarço os meus medos e arrumo problemas). E amanhã começa uma segunda-feira que é, mais ou menos, quarta-feira, naquela ambiguidade de dias em que vivo. Daqui a três dias volto a realizar análises e a ter consulta com a médica querida da outra vez. Tenho medo. Mas amanhã inicio novo período de tutora. E há amigos que estão a precisar do meu bom astral. E, além disso, os dias sabem-me a renascimento. E é a parte boa de tudo.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Hoje foram 34 km de bicicleta em estrada. Hoje o cansaço foi mais notado. Mas soube bem. Continua a saber-me tão bem este sol demasiado fugaz e o vento na cara. Continua a apetecer superar-me. Continua a apetecer-me não pensar demasiado nas coisas portanto, os dias são para serem vividos ao limite.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A vida como intervalo da morte

Day after day.
Assim andam eles, os dias. Tenta-se relativizar o tempo e as pessoas. Mas as pessoas não se relativizam. São tão reais, os seus problemas são tão palpáveis, que se torna insano conseguir equilibrá-las sem nos desequilibrarmos. 
Eu vejo muito enquanto enfermeira. Mas vejo ainda mais como pessoa, como se olhasse de outra dimensão. Às vezes até me olho a mim a viver. E rio-me de tanto. Rio-me para não chorar. Porque tenho tido tanta necessidade de chorar quanto de viver intensamente. O que pode parecer uma antítese (não fosse eu uma contradição, reitero).

Day after day. Ou, como a vida, às vezes, pode ser uma filha de uma meretriz.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Dezembro vem cheio de frio E de re-começos. E traz o Natal.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Parece que me passou um camião em cima. Um pequeno, vá. Parece que devo uma vida à minha cama e, no entanto, tenho ali um comprimido para dormir porque sei que hoje (e nos próximos dias) me vai custar adormecer. 

O instante foi isso mesmo. O momento em que me piquei. O momento em que o meu cérebro me grita que o utente tem hepatite c. A partir daqui são 6 meses até saber se ficará tudo bem. But well, valem-me pessoas competentes, que me sossegaram um bocadinho. Os passos todos delineados e as próximas colheitas já para daqui a duas semanas. E os mimos dos amigos e colegas de trabalho.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

"Se eu amasse alguém e depois acabasse, talvez eu não conseguisse sobreviver. É mais fácil ficar sozinho. Se descobres que precisas de amor? E depois não o tens? E se gostares? E dependeres dele? E se modelares a tua vida em torno dele? E então...ele acaba.
Consegues sobreviver a essa dor? Perder um amor é como perder um órgão. é como morrer. A única diferença é: a morte termina. Isto [o amor]...pode continuar para sempre."

Como eu tinha saudades destas frases brilhantes, destas conclusões. Claro, Grey's Anatomy.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O silêncio dos meus silêncios em pausas repetidas. O ronronar da minha imaginação em páginas de mil e um tons de branco. Tanto em mim que não escrevo e que escrevo, em metades desiguais. Tanto em mim de adiar, como se fosse eterna. [E não somos]

sábado, 24 de novembro de 2012

Bolachas de amêndoa ou uma boa tarde de sábado

Ainda a tarde vai a meio e já fiz umas quarenta bolachinhas de amêndoa, com uma receita nova e muito mais saudáveis. Gosto muito disto, de me embrenhar em novas receitas e aproveitar para pôr a conversa em dia com a mummy.





[Foto: estranha, tirada com o telemóvel e que não espelha o quão deliciosas e estaladiças estão]

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Chamem-me de velha. De antiquada. O que quiserem. Mas eu acredito que já não se faz música como a dos anos 60, 80 e 90. Não se faz e eu nem percebo bem porquê. Ou talvez até se faça mas com tanta coisa, torna-se difícil encontrar A música, A banda, A voz. É tudo igual. Sintonizo algumas rádios e é sempre a mesma coisa, o mesmo registo. Fazem falta os Beatles, os Guns, os Oasis, os Queen, os Pink Floyd, o Franck Sinatra, The Police. Essas vozes intemporais que, quis o destino, muitas tenham se tenham perdido cedo demais.
E não, não sou fundamentalista até porque oiço o pop e rock actual para poder comparar e, de vez em quando, vou encontrando algo bom. Exemplo disso são os Muse. E, parece-me, teremos encontro marcado dia 10 de Junho de 2013, no Estádio do Dragão (isto se a crise não me levar o emprego).

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Não queria ir dormir (mesmo que já tenha menos de 7h para o fazer) sem antes registar o jantar de hoje. A amizade de hoje e, espero, de um futuro. As gargalhadas soltas, a conversa sempre entre o sério e o muito engraçado, a envolvência que se cria na simplicidade. Porque é tudo tão simples como reunir pessoas do coração, juntar um bom jantar (e um bom vinho) a um bom serão e transformar os dias numa festa. O tal viver um dia de cada vez.

domingo, 18 de novembro de 2012

Então é assim, uma pessoa acorda quase às 15h, depois de mais uma noite de trabalho, e passa o domingo exactamente como se proclama que o domingo seja: no dolce fare niente. Inclui-se café, chá, livro, filmes e sofá. Apesar de tudo, parece-me um dia pouco produtivo, a não ser, claro, para a minha cultura.

sábado, 17 de novembro de 2012

Às vezes, não raras, transformar meros ingredientes em bolos e doces e coisas assim calóricas mas que confortam qualquer devaneio, é das coisas mais anti-stress para mim. Sem ninguém para dar palpites, a inventar e alterar receitas, a projectar o próximo surto culinário, a esperar que o forno faça a sua parte da magia... Tão bom, tão girly mas tão apropriado para estes dias frios.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Do viver sozinha

Viver ou estar sozinho tem muitas vantagens, apesar de tudo. Eu acho que todas as pessoas deviam passar pela experiência de viverem sozinhas, algum tempo (e aqui o algum é demasiado relativo, portanto, não me alongo sobre ele). Deviam conhecer-se na ausência e na presença, na solidão e na abundância, nos dias e nas noites. Deviam aprender a viver por si, a fazer tudo por si, a crescer por si, a responsabilizar-se por si. Não aprendem só a valorizar os outros, como a valorizar-se a si mesmas. Aprendem que se desarrumarem, têm de ser elas a arrumar (regra importantíssima para poderem, depois, co-habitar novamente com alguém) e isto não é valido apenas para as coisas. É válido para tudo. Tem-se noção dos gastos, aprende-se a gerir tempo e vive-se de acordo com os horários de cada um. Abre-se a porta e não há ninguém para ouvir como foi a nossa batalha lá fora. Mas há uma aparelhagem de música ou um computador para nos encher a casa com bons sons. Não se tem a comida pronta ou a roupa lavada, mas pode-se comer o que se quiser e a que horas quiser. Pode-se sair para ir jantar fora e regressar ao nascer do dia, sem ninguém que controle. Pode-se ter sempre tudo à nossa maneira, do nosso jeito. 

Este texto pode ser meramente uma "nota mental", para quando me canso de mim mesma nos meus serões, sozinha. Apesar de eu valorizar muito o meu espaço e de não me cansar tão facilmente.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Das minhas sextas que são as vossas segundas-feiras

Hoje não foi segunda-feira para mim. Foi assim sábado...ou melhor, sexta-feira sem trabalho. Foi antevéspera de fim-de-semana e fim-de-semana na mesma.
As pessoas proclamam as sextas-feiras como os dias mágicos e relatam os domingos como dias de puro lazer mas, uma pequena grande parte do proletariado, não tem fins-de-semana fixos, nem feriados, nem essas benesses de não trabalhar em dias que quase ninguém trabalha. Mas tudo bem, eu compreendo e até nem me irrito quando, às sextas, o mural do facebook está todo carregadinho de frases lamechas e pensamentos idiotas sobre o fim-de-semana à porta. Compreendo mesmo porque, depois, enquanto toda a gente volta, cabisbaixa aos seus locais de trabalho, à segunda, eu deixo-me dormir até tarde, tomo um pequeno-almoço longo e delicioso e/ou inicio-me logo num exercício físico matinal retemperante.

domingo, 11 de novembro de 2012

Hoje foram 29 Km

29 km em cima da bicicleta de BTT, já com alguma lama à mistura (oh, chegar suja a casa manda pinta(s)), em duas horas e com uma quase queda. Foi a segunda saída e foi muito bom, muito motivador, muito solarengo. Há cerca de 9/10 anos, quando o meu pai se iniciou na bicicleta, eu também comecei a andar com ele. Entretanto ele continuou. evoluiu, investiu, vai a provas e já as organiza. E hoje, fiz duas das subidas que, naquele tempo, mais me aterravam, sem o sacrifício daqueles tempos.
Quero acreditar que estou no bom caminho. Não tenho propriamente metas, quem sabe, um dia, participar numa prova de BTT. Mas, por agora, é o prazer disto, aproveitar estes dias de sol e treinar, superar-me e divertir-me.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Das amigas (pessoas) especiais

Eu gostava de poder ser sempre tua amiga. Eu gostava de ter sempre uma palavra certa para ti, como tu tens para mim. Eu gostava de te poder proteger das tuas aspirações, dos teus sonhos, dos teus devaneios. Eu gostava de te poder dar um chão, uma pertença qualquer, mais abraços sem que  ficássemos constrangidas. Eu gostava de pegar em ti e levar-te a Cuba. Ou então, à avenida dos Champs Elysées e comprarmos tudo o que nos apetecesse. Eu gostava mas não sei (até porque estamos em crise). Não sei porque a vida é tão incerta e nunca te poderia prometer nada que saiba que possa não cumprir. Não a ti, que estás farta de promessas. Não a ti, que és especial mas que vives no tal equilíbrio entre o branco e o preto. Não a ti, que ora vives na mais pura realidade, ora te refugias na fantasia mais delirante.
Eu gosto muito de ti. E dói-me o que me disseste na última semana, que foi mais ou menos como: "és, neste momento, a melhor amiga, a mais presente". Dói-me porque eu não sei se estou à altura, porque eu não posso magoar uma pessoa tão ferida como tu. 
Mas eu reitero: eu gosto muito de ti. Ou melhor: adoro-te. No matter what. E venha o que vier (espero estar à altura).


Foto: Paris' 2010

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Cansam-me preconceitos

Vou aos píncaros quando ainda oiço e sinto tanto preconceito em relação aos homossexuais. A sério. Como é que ainda acreditam que é uma doença? Como é que se perde tanto tempo a discutir vidas de outros que até podem ser mais felizes? Como é que se julga tanto e se aponta o dedo? A sério. Que mentes tão pequeninas. É-me indiferente se as pessoas se casam com outras do mesmo sexo. Porque o que interessa aqui é a felicidade e é por esse motivo que tanta gente se enoja, se revolta e diz que não aceita. Porque as pessoas que o fazem, não são felizes e, como tal, não querem que os outros o sejam. Nós precisamos de gente feliz, de gente com motivação, que não viva a vida de outros mas a sua, que faça o mundo andar. E só as pessoas felizes fazem o mundo andar.
Então parem com ideias estereotipadas, com preconceitos e VIVAM. Tenham uma Vida, persigam e lutem por sonhos, superem-se. E deixem os outros também ser felizes. Quem disse e onde é que está escrito que nós, os heterossexuais, é que somos normais?

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Acordar tarde. Oh, acordar tarde e ser dia de folga. E ainda ficar bem abraçada ao meu amor. Perfeito.

sábado, 3 de novembro de 2012

A trabalhar à cinco turnos seguidos, e a saber que ainda me faltam mais 3, antes de uma folga, sabem-me bem estes inícios de noite agarrada a um chá, a um bom livro e quentinha. Uma música de fundo leve não é mau, mas o livro bom é essencial. Sou, decididamente, adepta da simplicidade.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Haverá amor como o nosso? Não. Não com os nossos momentos a cantar pirosamente "princesa" do Boss AC ou os Da Weasel. Não com as raras manhãs em que podemos acordar demoradamente nos braços um do outro. Não com as mensagens que trocamos. Não com as nossas mãos entrelaçadas, sempre que estamos juntos. Não com os teus beijos na minha testa. Não com as nossas conversas longas. Não com as nossas gargalhadas. Não com as nossas tardes em sítios só nossos.
Não há e ainda bem. Não há sonhos como os nossos, que se vão realizando, que se hão-de realizar.  Não há mais ninguém que me agarre como tu, que me puxe para ti e me desarme com um abraço. Não há saudade como a nossa. Nem maturidade para lidar com isso. Não há melhor companhia para me deliciar com uma bela pizza, nem para partilhar um crepe com gelado.
Há coisas que só fazem sentido contigo. Há uma vida que só será plena ao teu lado, debaixo da tua protecção, com este amor, que continua a ser uma bênção.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Prometo-te que volto a escrever. Por ti. Pelos nossos sonhos. Pelo que uma amizade pode fazer por nós. No domingo encheste-me de alegria, quando te pude abraçar.Mais uma vez, demonstraste-me que as amizades verdadeiras não necessitam de constante presença, há coisas que trespassam quilómetros e meses de ausência. Como é bom contar com pessoas como tu, soulmate :)

domingo, 28 de outubro de 2012

Foi dia de voltar a pegar na bicicleta (desta vez uma de btt) e sair. Foi dia de voltar a andar em estrada (e perceber que a bicicleta estática é óptima para treinar mas claustrofóbica). Foi dia de voltar a sentir o vento na cara, o sol a encadear-me, a liberdade das grandes descidas. Mas melhor, foi receber o elogio do pai e perceber que não há assim tanta ferrugem nestas pernas. Queria muito que fosse o início de qualquer coisa, essencialmente, de me superar a nível físico e aproveitar os dias. Aguardam-se desenvolvimentos.


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Os meus relógios marcam sempre horas estranhas. Andam mais rápido quando eu quero que sejam lentos e praticamente param quando eu quero que devorem as horas. Parvinhos.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Homens deste país (quiçá mundo),

tenham cuidado. Para além do silicone e dos soutiens almofadados, que inventam aquilo que, nós mulheres, não temos; para além de jeans push up's e com copas amovíveis para fazer de conta que temos um rabo de mulher africana e para além de bases e fond de teint's que nos emprestam uma pele de bebé, qualquer dia, não sobram mulheres normais.
Mulheres que se assumam com as imperfeições tão perfeitas inerentes, que se preocupem q.b. com a sua saúde e o seu aspecto físico, sem fazerem disso uma luta diária. Mulheres que não vivam para a agradar aos homens mas que trabalhem em parceria para terem uma relação feliz e saudável.



quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Que futuro se poderá escrever com tamanha desmotivação, tamanha incerteza, pobreza, desemprego?
Que esperam de mim, que sou governada por incompetentes, que trabalho em equilíbrio sobre o medo de ser despedida? Que esperam de mim além de um número, de uma taxa? Que esperam de mim, digam lá? Que soluções têm para além da emigração? Que soluções têm, para além de me começarem a destruir sonhos? Quanto vão querer levar do meu salário, mais? Sim, eu que estou deslocada da minha residência e não recebo um subsídio para isso, como os meninos bonitos que me governam.
Se todos nós começarmos a perder mais, vamos perder o que ainda nos resta do brio profissional, do brio pessoal, da vontade de empreender. E isto vira mesmo o fim do mundo.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Gosto de me perder a ouvir musicas. A sério. Descobrir coisas novas, relembrar outras, cantar desafinadamente as preferidas, esquecer que o futuro é tão cinzento.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Eu acho que o mundo é tão assustador, que existem tantas armadilhas, que não sei como é possível conseguirmos (ainda) ser feliz nele.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012


Pode ser uma completa irracionalidade, uma vontade imensa de não ter vontade, um devaneio taquipsíquico de alguém que se perdeu por entre sonhos secretos.
Pode ser mas não é.

É simplesmente ter essa agilidade intelectual em ser passado, em ser múltiplo do presente e qualquer coisa já para o futuro. E no cerne de tudo, é ser e não ser mais e matar todos os dias cada personagem dessas. E quando não existirem mais, quando se estiver vulnerável, morre-se aos bocadinhos, num suicídio digno de um grande conto clássico.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Mais uns dias de férias, os últimos deste ano, por sinal. Quer-se a mesma calma, a mesma candura de dias. Portanto, a receita mantém-se: algumas experiências culinárias pendentes, arrumações no "closet", filmes em dia e muito mimo.


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

dois em um

Beija-me. Hoje e amanhã e o resto dos dias. Todos os dias, todos, não te esqueças de nenhum.
Faz parte de mim, agarra-me e não me deixes fugir, nem chorar, nem ter saudades, nem desejar nada mais feliz, do que ser escandalosamente feliz contigo.
Diz-me ao ouvido apenas palavras de amor, como se declamasses versos em surdina, mantras que afastem as coisas más.
Faz de mim, eu mesma. Porque eu sou genuinamente eu quando me enovelo em ti, quando faço e desfaço do mundo, um lugar só para nós.
Agarra-me estas mãos que procuram sempre as tuas, nesse gesto perene e inefável de cumplicidade, de partilha, de sermos dois em um. Agarra-me a cintura, em direcção a ti. Sempre.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Além da crise,

está a dar no Telejornal que a J. K. Rowling escreveu um livro para adultos. A pequena deve ter-se sentido ameaçada por E. L. James que, com o livro "As Cinquenta sombras de Grey", já bateu recordes, em relação às vendas dos livros do Harry Potter.


domingo, 23 de setembro de 2012

O que dizer numa tarde de chuva

Que me apetece sol, apesar da maravilha que foi dormir, após mais um noite, ao som da chuva. Que não percebo quem diz gostar do outono. Não consigo mesmo entender qual a magia das noites que já começam às 19h30 e terminam às 7h15. Esta diferença de luz é avassaladora e apela à preguiça, à inactividade, à maior sensação de sono e tudo, tudo isso extremamente depressivo.
Fazem-me falta os dias maiores que as noites, esse sortilégio de que temos o dia e a vida pela frente. Faz-me falta o calor, o não depender de casacos, de mantas, de aquecedores. O outono é uma morte anunciada dos sonhos de verão.
Os ciclos repetem-se mas é bom. Estamos vivos e isso, é o que importa. Até à próxima primavera só faltam duas estações.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Em jeito de conclusão

Eu disse que ia passar tudo muito rápido e passou. Mas também se passou tudo na maior doçura com o meu amor, por exemplo. E revi amigos. E aproveitei ao máximo os dias maravilhosos na praia mais perto [um obrigada ao tempo, que esteve a meu favor]. Descobri a maravilha do bom vinho do porto. Deliciei-me com a bela da francesinha no melhor local e a sangria mais revitalizante [planos: check]. Decobri locais novos e consegui todos os filmes do 007, que estão já no disco externo a aguardar vez.
Arrumei tralhas e emoções. Foi bom, mesmo.

 [Em Outubro há mais]


sábado, 15 de setembro de 2012

Em jeito de continuidade

Aproveita-se este sol que (ainda) está tão perto, que nos queima a pele e incendeia o coração. O que sobra dos tempos, esvai-se em palavras doces, em cheiros a roupa acabada de lavar e afectos com sabor a gelado de chocolate. 
Como nada é perfeito, gere-se, da melhor forma, a imperfeição e os medos e tudo aquilo que nos trava os sonhos e escurece a boa disposição. 





Foto: Baiona (Espanha), 2009

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Em duas semanas não vi mais de duas horas de televisão. E esta estimativa já é feita muito por alto.  
Se isto é bom ou mau? Não sei, já é algo que não me espanta porque vivo bem sem televisão. É apenas uma forma de estar, de aproveitar outros meios de comunicação, outra liberdade.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Hoje fomos ver os aviões. E o porto de Leixões. E os automóveis na avenida. Faltou-nos os foguetões mas andámos de barco.

[sorrisos, ao cubo]

sábado, 8 de setembro de 2012

Estes dias de sol aquecem-me o coração. Com simplicidade, que é como gosto sempre. Fazem-me cantar alto no carro, ter energia, sorrir, esquecer momentaneamente que a vida é mais do que este sossego que sinto. 




*foto: BCN' 2012

terça-feira, 4 de setembro de 2012

O meu verão é Setembro

Assim voam os meus e os vossos dias. O que ontem parecia impossível de chegar, hoje olho para as oito noites de trabalho em Agosto (mais os restantes turnos, claro) com um encolher de ombros e a descontracção do "já lá vai".
O meu verão e as minhas férias começam agora e sei, de antemão, que serão velozes. Mas eu não peço nada. Nem sequer planos acabei por tecer. Os dias são para se irem preenchendo. Com muita paz, com muito sol, com muito namoro, com muitos mimos, com comida boa, com praia, com passeios, com saúde, com arrumações, com equilíbrio, com sorrisos e risos, com livros, com filmes, quiçá um copo de sangria, a bela da francesinha e conversas intensas.
Estas pequenas (tão grandes) coisas, são tudo o que preciso para me restabelecer.
As férias acabam sempre por não esticarem e não darem para tudo mas hoje, eu iludo-me e sorrio (mesmo com a constipação que, entretanto, me está a deixar sem nariz).

sábado, 25 de agosto de 2012

Das minha particularidades

Eu sou (tão) neurótica com o exercício físico. Ficar um dia sem me mexer causa-me desconforto. Como sou muito bom garfo (e faca, e colher, e pratos e tudo, porque adoro comer), compenso no exercício. Mas até para a comida, por (muitas) vezes, transfiro a minha neurose. Às vezes, escolher umas simples bolachas no hipermercado, leva-me 10 minutos. A sério.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

From my sadness

Estou triste. Assim, simplesmente triste. Olho o mundo através de olhos embaciados e músicas dos 80's. Sinto tanta coisa cá dentro estilhaçada. Apercebo-me da escuridão que por aqui reina e da pouca vontade em incendiar isto de luz. Ficar a um canto, sozinha, com música e livros. É isto que me apetece. Tenho uma letra de uma musica "encomendada" e já sabia que não ia conseguir, para que é que aceitei o desafio? Já soube escrever, noutros tempos. Idos.
Tenho coisas e palavras pendentes e o globo à minha frente para escolher o destino de uma jornada all by myself. Tenho ainda três noites por fazer, depois da última me ter, mais uma vez, dilacerado o que resta do coração.

Tenho dúvidas a saltarem-me e uma dissertação para agarrar para meados de setembro. Preciso de um rise and shine. 

terça-feira, 14 de agosto de 2012

O meu tempo muda com o teu. Melhor, o meu tempo, acentua-se com o teu. Se estás de vento, eu assumo-me como o siroco. Se estás de chuva, eu brindo-te com a minha luz numa estrondosa trovoada. Se estás de sol, eu faço com que a temperatura atinja máximos. Porque eu não sou lume brando nem meios termos. Sou sempre o pior e o melhor, assim, intempestiva. Eu, que aprendi que o cinzento é o equilíbrio entre o preto e o branco, sou de luz ou de negrume, nunca daquele degradé de fim de noite ou de dia. Assim, tudo a ser vivido na taquicardia, que o meu coração, sinto-o muitas vezes, vive no limite.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

friend (+) ship

Hoje apeteceu-me dizer-te que és uma parva, que me enervas, que me fizeste duvidar se posso mesmo contar contigo. Isso um segundo antes das tuas palavras em jeito de riso, desse quase pedido de desculpa que continuou a ser em tons de amarelo, da tua leveza (como é tão bom ver-te feliz, luminosa, nesse teu lado solar), da nossa cumplicidade.
És uma parva, és mesmo e eu gosto tanto de ti. Amaldiçoo essa doença porque me faz sempre pensar que nunca te vou conhecer realmente, que és sempre mais do que esse ponto de interrogação repetido. Desafias-me mas, acima de tudo, estás aqui. E é tão bom ter-te conhecido, sentir-te uma amiga nesta terra que nunca pensei dar-me mais do que trabalho.

sábado, 4 de agosto de 2012

Há sempre um tempo em que mudamos. Há sempre um tempo em que batemos com a porta, ainda que subtilmente, e mudamos de endereço. Pequenas ou grandes mudanças, tudo ou nada, evolução ou involução, não interessa. Mudar, sim. Alterar e alterar-mo-nos. Re-escrever algo, passar para outro lado. Mas isto não implica que não tenhamos saudades do que ficou para trás, do antes da mudança.
Eu tenho saudades de quando tinha noites de verão infindáveis, ao som dos barulhinhos nocturnos, sempre com a luz da lua ou das estrelas a pontuarem-me os sonhos. Eu cresci, entrei no mundo laboral, faço malabarismos entre a cidade onde trabalho e o lugar onde vivo, tento conciliar estar com toda a gente mas o tempo escorre-me por entre os dedos. Quando chego ao quarto para dormir, a varanda já não me impele, já não ficou sentada a olhar para o vazio.

E há uns dias, quando me apercebi que este meu ritual dos verões tinha terminado sem eu dar por isso, senti aquele remorso de me estar a perder de mim mesma, a angustia do tempo passar e as minhas forças tão pequeninas para o fazer parar. Esta angústia de crescer, sim, de ser adulta. Já sou uma adulta e ninguém me avisou.

domingo, 29 de julho de 2012

O amor, esse que nos deixa com a cabeça no ar, com a respiração em suspenso e os sorrisos despropositados, é o amor que, para nós, se revela em projectos sólidos, em sonhos em uníssono, em beijos arrebatadores, em mimos (muitos mimos), em mãos entrelaçadas, em aprendizagem, em futuro (esperamos e queremos muito).
É bom aprender contigo, trabalhar em pareceria para levarmos a nossa relação à perfeição (mesmo que esta não exista), saber-te o homem que mudou tanto e para tão melhor a minha pequenina existência.
Amar-te, já te disse, é tão pouco para mensurar o que sinto. É sempre algo mais, algo tão maior, tão bom.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Do dia dos avós

O dia dos avós devia ser o dia dos meus avós maternos. São os melhores do mundo, mesmo! Em tudo. Guardo memórias luminosas com eles, gargalhadas das nossas tardes de jogos, das idas à praia. Guardo tudo tão bem que me gela o coração quando me apercebo que o tempo passa rápido, que os nossos verões já não duram três meses e que sinto sempre que estou longe demais deles. 

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Última nota a sair. Segundo semestre feito ali com duas ou três notas menos ao meu tipo mas tudo bem. Estou em modos deixa andar e com vontade de me dedicar àquilo que mais gosto, sem pressões de trabalhos. Em setembro, voltamos a falar com a srª dona dissertação. Até lá, que não me incomode.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Fácil de entender

Eu devo ser realmente uma pessoa difícil de compreender. Eu comunico com todas as letras, com a pontuação a fazer match point e com a entoação acertada mas nem assim me faço entender. Eu digo o que quero, menos vezes do que digo o que não quero, é certo, mas digo. Por vezes peço com subtileza, outras com agressividade. Há momentos em que toda eu me desfaço em dúvidas e calo-me, não vá ser mal interpretada, mas até nos meus silêncios sou incompreendida.
Não há paciência para tanta falta de atenção alheia, porque, afinal, eu já percebi que o problema não é meu.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Agora quero tempo. Para escrever, para ler, para mimos, para séries, para aguentar as 8 noites de trabalho em Agosto, para praia, para risos ao quadrado.
E menos dúvidas, menos pensamentos pessimistas, menos dias cinzentos.

domingo, 8 de julho de 2012

Isto já não estava fácil mas acabou de ficar um bocadinho pior.
Siga mas é para mais uma noitinha [boa] de trabalho.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Das minhas noites de trabalho ou como preferia ter outra profissão.

A minha noite de ontem foi a velar o sofrimento de uma pessoa que há menos de 3 semanas era completamente independente. Essa pessoa tinha uma história, uma família, uma doença, um trabalho e estava a morrer-me aos bocadinhos. 
A indicação era de não reanimar, de não alimentar, de não nada. Apenas paracetamol de 6/6h por via endovenosa. E eu pergunto-me: que merda de cuidados são estes? Deixa-se uma pessoa a agoniar, consciente? Prepara-se a morte sem se querer realmente saber da pessoa que morre? Não bastou o diagnóstico com uma evolução tão rápida e ainda se virar as costas, ir dormir para casa e deixar que o enfermeiro do turno da noite se desenrasca-se a gerir aquela metade de vida? Eu não sei mesmo que médicos são estes, que realidade é esta, que falta de conhecimentos tão grande. Porque era apenas necessário uma perfusão de morfina para devolver ainda alguma paz, alguma dignidade, algum sentido.
Isto revolta-me, a sério que sim. Para quê sofrer tanto? Morrer com falta de ar, com dor, com desconforto, com tudo a que não se tem direito. Continuo sem perceber que cuidados são estes.

Por isso, quando já no final do meu turno a pessoa morreu, eu estava lá a dar-lhe a mão, a conversar, e assisti ao fim da linha. Pedi-lhe que fosse em paz, já que a paz foi coisa que era o seu direito e que não lhe quiseram dar.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

A maior desilusão de todas não é para com a pessoa que nos desiludiu, é para connosco mesmos, porque nos deixamos desiludir.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Pela primeira vez, pondero, seriamente, levar auxiliares de memória para um teste. Do mestrado! Não acho normal. Deve ser o desespero.

Meu querido mês de Agosto, aguardo-te com toda a ansiedade, mesmo que as minhas férias só venham em Setembro.

sábado, 16 de junho de 2012

Do pouco tempo que (te) tenho

Como eu venero a nossa cumplicidade. A forma como me enches de beijos e como me prendes nos teus braços. Como eu te suspiro nos nossos dias tão bons. Como é bom ainda e sempre sentir esta saudade quando não estás, mesmo que agora a saiba gerir melhor. Como é tão importante saberes acalmar-me, puxar-me para ti, mostrar-me os nossos sonhos e a vontade em realizá-los.
Volto a dizer que, se quiseres, me fazes apaixonar-me por ti ciclicamente. Como se eu pudesse descobri-nos sempre mais um bocadinho, embora já nos conheça tanto. Volto a dizer-te que te amo, porque é mágico dizê-lo e ouvi-lo e, mais ainda, sentir isso cá dentro, esse fogo que arde e se vê. E amo-te pelas mais pequenas coisas, pelos gestos mais banais, por ti, sim, essencialmente.

Do pouco tempo que tenho para me aturar

Isto anda a mil à hora. Há mais 35horas de trabalho este mês, trabalhos pendentes, início de estágio, poucas folgas.

domingo, 3 de junho de 2012

Gosto de sair da rotina, de deixar a monotonia de lado e viver coisas boas e novas, sorrisos enormes e aquela sensação de estar a sair fora da linha. Gosto mesmo muito. Gosto de passear em dias que toda a gente está a trabalhar, gosto de me divertir quando é suposto estar séria, gosto de faltar às aulas (faltar ao trabalho é que não) e aproveitar para apanhar sol, gosto de chegar a casa e ver um bom filme, mesmo que tenha menos de 6 horas para dormir. Sou assim, um bocadinho diferente.
E gosto, ainda mais, de ir a sítios onde ninguém vai e descobrir pequenos tesouros.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Ando num marasmo criativo. Pelo contrário, tenho devorado letras quase como antes. Ler sabe-me imensamente bem. Isso e aproveitar os dias de sol junto a pessoas igualmente cor de calor. 

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Dele e dela

Foi bom ver-vos rir. Foi bom rir-me perdidamente com aquelas histórias. Vocês resgatam um bocadinho a cidade que eu já perdi. Vocês, brindam-me com esta independência boa, com as intimidades, com poder ser tão eu que até irrita, com as cusquices, com as conversas (in)decentes. Gosto muito de vocês. De ficar a olhar o infinito e dizer o que penso, o que sinto, sem medo. Tão infinitamente bom.

E sabem, hoje senti aquele vazio imenso, por saber que o meu lugar não é bem aqui e que um dia, poderei ter de vos deixar.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Isto tudo é uma bomba-relógio. E eu em vez de estar a ser feliz, ando a fazer coisas e aturar pessoas que simplesmente, não me merecem 5 minutos de atenção.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Estou assim furiosa. Depois de ter tudo delineado, eis que srª dona orientadora quer deitar por terra a minha ideia e apresentou-me algo que eu abomino. Só pode mesmo estar a brincar, como se o meu tempo me permitisse agora andar aqui a escolher outra coisa. Ou é isto ou desisto. Ponto.



segunda-feira, 7 de maio de 2012

Sempre quis conhecer Barcelona. E foi qualquer coisa de especial, de envolvente, de sol, de muito amor, de ritmo descompassado, de fascínio, de cultural e romântico.
Quero (mos) voltar.

[Obrigada, imenso, a ti, por mais esta partilha]

domingo, 29 de abril de 2012

Quero concretizar mais um sonho, posso?

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Há uma coisa da qual me orgulho e que é uma característica, muito provavelmente, herdada do meu pai: o sentido de orientação. Os estudos indicam que as mulheres são menos orientadas espacialmente em relação aos homens mas não é o meu caso. Felizmente, fixo facilmente caminhos e sei guiar-me por um mapa. Posso não ser (ainda) uma expert na cozinha, o cúmulo da organização ou a paciência em pessoa (como a minha mãe) mas orientadinha como o pai, isso, sou.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Com esta garganta inflamada à 3 dias e rouquidão patente hoje, esperamos que dona amigdalite não me visite, que saudades não são muitas. Cá para mim, adivinhou que este ano não há ferias balneares, a doida. Mas andamos a muito chá de limão, anti-inflamatórios e desinfectantes, como mandou a Drª. E claro, voltámos às botas, casacos comprimidos e guarda-chuva. Nada de grave, eu sei. Nos entretantos, descobri que tenho de me começar a mexer no que concerne a trabalhos e estudo. Preciso de apanhar o ritmo, de novo, é só isso :)

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Do João Tordo

Acabei mais um livro teu (trato-te por tu, porque não te conheço mas sei-te politicamente incorrecto) e a mesma sensação de vazio associada à raiva pelo que escreves tão bem, tão imensamente bem que és o melhor escritor de sonhos deste tempo pós Fernando Pessoa. Acho-te um gajo lunático, imagino-te a fumar cigarro atrás de cigarro, inquieto demais com o que te consome e, depois, esbanjas em cada palavra essa certeza que a nossa existência não é nada, que seremos apenas memória enquanto as memórias não ensandecerem. 
Gosto de te ler porque não tens o falso pretensiosismo de usar frases sem pontuação ou narrativas demasiado cerradas de adjectivos. Gosto de te ler porque me confrontas. Porque quando termino um livro teu, me fazes falta.
Não falo de ti a ninguém porque ninguém quer mesmo saber de ti. Não faz mal. Eles é que perdem. És demasiado grande para uma terra tão provinciana. Espero-te num próximo livro. Até lá, não te esqueças de os continuar a editar. Obrigada.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Fiz três noites em menos de uma semana, porque teve de ser, não de horário. Estou pronta para as horas de sono que me são devidas.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Há sempre um dia muito importante para os enfermeiros em contexto de trabalho por turnos: a chegada do horário para o próximo mês. E, às vezes, é coisinha para nos estragar o resto do dia e fazer chamar muitos nomes impróprios à entidade que o idealiza (vulgo chefe).

domingo, 15 de abril de 2012

Love is our resistence*

Da nossa loucura ou da nossa calma. Da intensidade ou da doçura. De mãos entrelaçadas ou num beijo descontrolado. Não interessa. Gosto desta ideia de poder partilhar a minha vida inteira ao teu lado. Mais, imagino-me, algumas vezes, nessa vida. Imagino-te, imagino-nos, sorrio e brinco com os sonhos. Ser-te, sermos nós. seres-me. Ser feliz é um cliché. Quero amor, este, sempre a crescer, sempre cheio de adrenalina ou de bradicardias em uníssono. Não interessa, repito. Pode ser só isto que já é tudo. Desde que seja para todo esse sempre que me prometes.


*Muse - Resistence

sexta-feira, 13 de abril de 2012

As noites deveriam ser feitas exclusivamente para dormir, namorar, sair e ver séries. trabalhar. E, no meu caso específico, estudar, que me rende sempre muito mais.

domingo, 8 de abril de 2012

O sr. M. morreu às 7h55. Fuck. Fuck. Fuck.

Da minha Páscoa


O sr. M. morre aos bocadinhos. Ontem já se despediu da esposa e dos filhos. O sr. M. morre-me sem eu perceber bem como, como todas as mortes anunciadas, as quais nunca percebemos bem como acontecem. Nada de novo. Era só que eu gostava muito daquele senhor, de toda a sua altivez, de toda a sua necessidade em conhecer a doença, de todas as vezes em que me enumerou os efeitos adversos dos vários fármacos que tomava e das interacções possíveis. Tantas vezes me mostrou, nos vários internamentos, livros e autores novos. 
O sr. M. morre-me mas ainda diz o meu nome e me reconhece a voz. Na face dos filhos não há revolta ou incredulidade face à rápida progressão da doença. Há paz. Uma infinita sabedoria que nos ensina que é possível fazermos o luto de uma forma cândida. Eu não os conheço...vejo-os, falo com eles, são afáveis e conversadores mas não os conheço. Também não conheço a esposa que chora, apesar de ela ser muito querida.

Não quero chegar ao hospital, hoje à tarde, e saber que o senhor morreu. Quer dizer, lá no fundo, quero, só porque sou egoísta o bastante para não querer que seja num turno meu. Eu sei que vou chorar.Que não vou saber dar a notícia, apesar de tudo.

Portanto, esta é a minha Páscoa. Sem ressurreições por estes lados. Já fui à missa fazer o mesmo de sempre: nada. Mas fui, para ver se compreendia o facto de ser necessário sofrer tanto antes de morrer. Mais uma vez sem reposta, mais uma vez a contar os minutos, mais uma vez a fazer uma coisa que não me trouxe sentido. Mas tudo bem.

Está tudo bem porque a família se reúne, porque há saúde, porque há sol, apesar de tudo.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Afinal, a minha fome desmensurada após as noites de trabalho, tem explicação científica. Sinto-me muito melhor!

sexta-feira, 30 de março de 2012

Eu acho que se conseguirão bons estudos na área da psicologia quando se começar a investigar a vida social das pessoas através do facebook. A sério que sim. O estudo do comportamento humano levará uma revolução. É uma pena não poder fazer a minha dissertação sobre isso, ainda que, empiricamente, eu consiga perceber que 90% das pessoas com actualizações regulares, tenham muita falta de afecto e tempo demais. 

sábado, 24 de março de 2012

We are the perfect two

E são quatro anos de nós. Pouco ou muito, isso será sempre relativo. É como te disse, por um lado, parece que te conheço desde sempre. Por outro, ainda não acredito que fui abençoada contigo e com tudo isto de bom que  somos e construímos.Amo-te. Tanto. Meu amor

.

terça-feira, 20 de março de 2012

Estou órfã de ideias. Preciso de um clic, de vários ciclos respiratórios ritmados e de contar até ao infinito, desde que o infinito me traga uma questão de investigação. Ideias há muitas. Conceptualizar é que é o mais difícil.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Permitam-me que também fale de futebol

Sei de antemão que jogos de futebol não são para mim. Não sei ao certo quando deixei de me contagiar com todo esse mundo de fé, quase a religião mais praticada em todo o mundo. É que eu já gostei muito, a sério que sim.
Ontem voltei a vibrar com o meu clube. A coisa foi de ansiedade e resmunguices até ao apito final. Não sou mesmo nada dada, já, a estas emoções.

quinta-feira, 15 de março de 2012

contra-senso.

O meu maior medo, ou mesmo terror, são vários. Mas não sou propriamente acometida a medos. Existe sim um arrumar para o lado a ideia de que um dia, toda eu serei sonhos por concretizar, recordação em fotos amarelecidas, corpo (des)humano em decomposição. Inquieta-me saber o que virá porque, no fundo, eu sei que não vem nada e isso faz de mim uma descrente em todos os sentidos. No fim, todos seremos iguais: lembranças que mais tarde ou mais cedo, ninguém vai lembrar mais. Eu queria viver muito e bem para morrer em paz. Mas não sei como se morre em paz porque só vejo pessoas a morrerem em sofrimento. Também não sei o que é viver muito e bem, porque às vezes quero tudo tão sofregamente que acabo por me dirigir ao pólo contrário e ficar quieta.

Quanto mais vivo, menos sei. E é tudo um contra-senso. 

quarta-feira, 14 de março de 2012

Gostamos de dias com cheiro de verão antecipado, de resgatar as roupas mais frescas, de não sentir frio por todos os poros. Sabemos que isto ainda não é definitivo mas é bom demais para não ser aproveitado!