terça-feira, 27 de setembro de 2011

Se podia trabalhar sem café?

Podia mas não confiava na minha atenção. Acordo-me com um café, mais outro e um último. Toda a noite me senti inquieta, desperta, a pensar no que devia e não devia, a aterrorizar-me com medos e inseguranças. Insónia inicial que me deixou dormir umas duas ou três horas e me fez abusar em café para manter o meu profissionalismo. Não ter sono é um sufoco impressionante. Estar cansada, saber que tinha 6 horas para dormir e a manhã no serviço não ia ser fácil. E nada. Só maus pensamentos, só reviravoltas na cama, calor e frio, vontade de ter um diazepam e relaxar profundamente. E depois pensar que existem milhares de pessoas que sofrem isto todos os dias, que tomam medicação e não surte efeito, sequer.
Dá que pensar.
 

domingo, 25 de setembro de 2011

Eu quero dizer .te. que um chá quente me incendiou a alma e as palavras, enquanto me encolho debaixo de uma manta quente. Abandono-me na minha cabeça, às voltas e voltas, sem saber as coordenadas do destino, nem sequer o destino, quanto mais. Vou buscar um livro, um livro ajuda-me sempre a arrumar fantasmas.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Do horário nobre na tv

São 22h e, para quem, a maior parte do tempo, tem apenas os 4 canais generalistas, não encontra nada que valha a pena. A não ser o Pedro Granger a apresentar o "Elo mais Fraco", mas isso é outra história. Valha-me o Dexter, que anda aqui no computador à minha espera.

domingo, 18 de setembro de 2011

Eu sou uma pessoa de sol, de azul e de dias de verão. Mas com as pessoas certas, sou de todas as estações e de todos os tempos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Do 'tal'

Podemos passar a vida à procura, em rostos alheios, do tal. Aquele que sonhamos e que merecemos. Podemos contentar-nos com menos, fingir que encontramos, inclusive acreditar que é aquele mesmo. Podemos bater com a cabeça na parede várias vezes, maldizer o nosso azar, chorar desalmadamente. Podemos afirmar que nos tornamos descrentes no amor, que não acreditamos em finais felizes. Um dia tudo muda. Tudo muda mesmo, ao ponto de haver um antes e um depois do "tal" aparecer. 

terça-feira, 6 de setembro de 2011

My twin

Na pausa da manhã, que tem de ser sempre (muito) breve, tive daquelas surpresas em forma de gente, que me brindou com um sorriso enorme, me abraçou (sem se importar com a minha farda cheia de bactérias e vírus) e me disse que estava linda com aquela maquilhagem. Ainda tive direito a uma nata para comer (mesmo a calhar). Se ela não é a minha soulmate, então é um anjo.

domingo, 4 de setembro de 2011

O medo assiste-me

Do silêncio fazem parte os meus batimentos cardíacos. A minha bradicardia quando, a medo, deambulo pelos corredores escuros, pela rua escura, pela casa sem luz. Quando os pensamentos impensáveis me revelam que é tudo uma questão de sorte, de azar, um jogo demoníaco entre nós e nós mesmos. Entre a música alta que espanta agoiros e a calma terrorífica que nos acelera a respiração.
Não é que não goste de estar sozinha, porque me tenho a mim para aturar. Não gosto é de estar muito tempo sozinha com os meus medos.