quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sou


Sou uma essência de canela e alecrim com uma pitada de café forte e chocolate preto. Qualquer coisa de impossível porque não sou um somatório. Sou eu, e eu e mais eu...arte em partes desiguais. Por isso sou imensamente imperfeita. Nem sequer uma tela abstrata, uma escultura menos vanguardista; tenho imensos defeitos que preencho com as doçuras a que, por vezes, me permito.E tenho o medo louco que os outros apreendam primeiro todos os defeitos. Que vejam apenas essa fragilidade de pequeninas insignificâncias.

Mas eu gosto de mim. Tanto que me levei a tomar um chocolate quente, vi dois filmes que me aqueceram o coração, fiz todas as máscaras possiveis, coloquei todos os cremes e experimentei um novo penteado. Para terminar, quem sabe, um bar simpático com um bom samba ou somente uma conversa inteligente e construtiva

[Erasmus]

domingo, 18 de janeiro de 2009

Quero um chão de madeira e a minha guitarra que deixei em casa. Quero que, por artes mágicas, consiga tocar todas as minhas músicas favoritas. E quero ficar horas sentadas nesse chão, assim, perdida, a tocar.
Preciso de palavras. Estou a perder, se é que alguma vez tive, o jeito para brincar com elas. Preciso que mas digam, que me inspirem e quem sabe, nao consigo finalmente compor a minha música, não somente escrever a letra.



O meu coração bateu rápido, agora.
[Pode ser que um dia tenha uma taquicardia destas que eu costumo ter, e seja fulminante. E depois passa a ser visível que dói. Porque me disseram que o coração só dói quando pára, se bem que o meu dói muitas vezes]

Mas esta taquicardia foi psicológica, não das normais. Foi o medo de que nunca a consiga compor. Pelo menos, o livro já está escrito.

Dia assim.

Saber

"São tantos os medos
Calados por dentro
Estilhaços de guerra
Sem luar nem vento
Cravados tão fundo
No peito
Sem ninguém que os arranque
Sem ninguém que estanque
O mal que foi feito"
in 'Antes da Escuridão', de Mafalda Veiga




A todos os que nunca saberei amar na totalidade. E a ti, em especial, que posso nao saber demonstrar.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Sei dizer

É sempre mais do que te sei dizer.
É um beijo cândido, numa lista pendente de afectos que guardo, à espera que te aproximes e me roubes do mundo real.

E é sempre saudade, mesmo quando me dás a mão, ainda que antecipada.