quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Haverá amor como o nosso? Não. Não com os nossos momentos a cantar pirosamente "princesa" do Boss AC ou os Da Weasel. Não com as raras manhãs em que podemos acordar demoradamente nos braços um do outro. Não com as mensagens que trocamos. Não com as nossas mãos entrelaçadas, sempre que estamos juntos. Não com os teus beijos na minha testa. Não com as nossas conversas longas. Não com as nossas gargalhadas. Não com as nossas tardes em sítios só nossos.
Não há e ainda bem. Não há sonhos como os nossos, que se vão realizando, que se hão-de realizar.  Não há mais ninguém que me agarre como tu, que me puxe para ti e me desarme com um abraço. Não há saudade como a nossa. Nem maturidade para lidar com isso. Não há melhor companhia para me deliciar com uma bela pizza, nem para partilhar um crepe com gelado.
Há coisas que só fazem sentido contigo. Há uma vida que só será plena ao teu lado, debaixo da tua protecção, com este amor, que continua a ser uma bênção.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Prometo-te que volto a escrever. Por ti. Pelos nossos sonhos. Pelo que uma amizade pode fazer por nós. No domingo encheste-me de alegria, quando te pude abraçar.Mais uma vez, demonstraste-me que as amizades verdadeiras não necessitam de constante presença, há coisas que trespassam quilómetros e meses de ausência. Como é bom contar com pessoas como tu, soulmate :)

domingo, 28 de outubro de 2012

Foi dia de voltar a pegar na bicicleta (desta vez uma de btt) e sair. Foi dia de voltar a andar em estrada (e perceber que a bicicleta estática é óptima para treinar mas claustrofóbica). Foi dia de voltar a sentir o vento na cara, o sol a encadear-me, a liberdade das grandes descidas. Mas melhor, foi receber o elogio do pai e perceber que não há assim tanta ferrugem nestas pernas. Queria muito que fosse o início de qualquer coisa, essencialmente, de me superar a nível físico e aproveitar os dias. Aguardam-se desenvolvimentos.


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Os meus relógios marcam sempre horas estranhas. Andam mais rápido quando eu quero que sejam lentos e praticamente param quando eu quero que devorem as horas. Parvinhos.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Homens deste país (quiçá mundo),

tenham cuidado. Para além do silicone e dos soutiens almofadados, que inventam aquilo que, nós mulheres, não temos; para além de jeans push up's e com copas amovíveis para fazer de conta que temos um rabo de mulher africana e para além de bases e fond de teint's que nos emprestam uma pele de bebé, qualquer dia, não sobram mulheres normais.
Mulheres que se assumam com as imperfeições tão perfeitas inerentes, que se preocupem q.b. com a sua saúde e o seu aspecto físico, sem fazerem disso uma luta diária. Mulheres que não vivam para a agradar aos homens mas que trabalhem em parceria para terem uma relação feliz e saudável.



quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Que futuro se poderá escrever com tamanha desmotivação, tamanha incerteza, pobreza, desemprego?
Que esperam de mim, que sou governada por incompetentes, que trabalho em equilíbrio sobre o medo de ser despedida? Que esperam de mim além de um número, de uma taxa? Que esperam de mim, digam lá? Que soluções têm para além da emigração? Que soluções têm, para além de me começarem a destruir sonhos? Quanto vão querer levar do meu salário, mais? Sim, eu que estou deslocada da minha residência e não recebo um subsídio para isso, como os meninos bonitos que me governam.
Se todos nós começarmos a perder mais, vamos perder o que ainda nos resta do brio profissional, do brio pessoal, da vontade de empreender. E isto vira mesmo o fim do mundo.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Gosto de me perder a ouvir musicas. A sério. Descobrir coisas novas, relembrar outras, cantar desafinadamente as preferidas, esquecer que o futuro é tão cinzento.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Eu acho que o mundo é tão assustador, que existem tantas armadilhas, que não sei como é possível conseguirmos (ainda) ser feliz nele.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012


Pode ser uma completa irracionalidade, uma vontade imensa de não ter vontade, um devaneio taquipsíquico de alguém que se perdeu por entre sonhos secretos.
Pode ser mas não é.

É simplesmente ter essa agilidade intelectual em ser passado, em ser múltiplo do presente e qualquer coisa já para o futuro. E no cerne de tudo, é ser e não ser mais e matar todos os dias cada personagem dessas. E quando não existirem mais, quando se estiver vulnerável, morre-se aos bocadinhos, num suicídio digno de um grande conto clássico.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Mais uns dias de férias, os últimos deste ano, por sinal. Quer-se a mesma calma, a mesma candura de dias. Portanto, a receita mantém-se: algumas experiências culinárias pendentes, arrumações no "closet", filmes em dia e muito mimo.


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

dois em um

Beija-me. Hoje e amanhã e o resto dos dias. Todos os dias, todos, não te esqueças de nenhum.
Faz parte de mim, agarra-me e não me deixes fugir, nem chorar, nem ter saudades, nem desejar nada mais feliz, do que ser escandalosamente feliz contigo.
Diz-me ao ouvido apenas palavras de amor, como se declamasses versos em surdina, mantras que afastem as coisas más.
Faz de mim, eu mesma. Porque eu sou genuinamente eu quando me enovelo em ti, quando faço e desfaço do mundo, um lugar só para nós.
Agarra-me estas mãos que procuram sempre as tuas, nesse gesto perene e inefável de cumplicidade, de partilha, de sermos dois em um. Agarra-me a cintura, em direcção a ti. Sempre.