domingo, 29 de julho de 2012

O amor, esse que nos deixa com a cabeça no ar, com a respiração em suspenso e os sorrisos despropositados, é o amor que, para nós, se revela em projectos sólidos, em sonhos em uníssono, em beijos arrebatadores, em mimos (muitos mimos), em mãos entrelaçadas, em aprendizagem, em futuro (esperamos e queremos muito).
É bom aprender contigo, trabalhar em pareceria para levarmos a nossa relação à perfeição (mesmo que esta não exista), saber-te o homem que mudou tanto e para tão melhor a minha pequenina existência.
Amar-te, já te disse, é tão pouco para mensurar o que sinto. É sempre algo mais, algo tão maior, tão bom.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Do dia dos avós

O dia dos avós devia ser o dia dos meus avós maternos. São os melhores do mundo, mesmo! Em tudo. Guardo memórias luminosas com eles, gargalhadas das nossas tardes de jogos, das idas à praia. Guardo tudo tão bem que me gela o coração quando me apercebo que o tempo passa rápido, que os nossos verões já não duram três meses e que sinto sempre que estou longe demais deles. 

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Última nota a sair. Segundo semestre feito ali com duas ou três notas menos ao meu tipo mas tudo bem. Estou em modos deixa andar e com vontade de me dedicar àquilo que mais gosto, sem pressões de trabalhos. Em setembro, voltamos a falar com a srª dona dissertação. Até lá, que não me incomode.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Fácil de entender

Eu devo ser realmente uma pessoa difícil de compreender. Eu comunico com todas as letras, com a pontuação a fazer match point e com a entoação acertada mas nem assim me faço entender. Eu digo o que quero, menos vezes do que digo o que não quero, é certo, mas digo. Por vezes peço com subtileza, outras com agressividade. Há momentos em que toda eu me desfaço em dúvidas e calo-me, não vá ser mal interpretada, mas até nos meus silêncios sou incompreendida.
Não há paciência para tanta falta de atenção alheia, porque, afinal, eu já percebi que o problema não é meu.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Agora quero tempo. Para escrever, para ler, para mimos, para séries, para aguentar as 8 noites de trabalho em Agosto, para praia, para risos ao quadrado.
E menos dúvidas, menos pensamentos pessimistas, menos dias cinzentos.

domingo, 8 de julho de 2012

Isto já não estava fácil mas acabou de ficar um bocadinho pior.
Siga mas é para mais uma noitinha [boa] de trabalho.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Das minhas noites de trabalho ou como preferia ter outra profissão.

A minha noite de ontem foi a velar o sofrimento de uma pessoa que há menos de 3 semanas era completamente independente. Essa pessoa tinha uma história, uma família, uma doença, um trabalho e estava a morrer-me aos bocadinhos. 
A indicação era de não reanimar, de não alimentar, de não nada. Apenas paracetamol de 6/6h por via endovenosa. E eu pergunto-me: que merda de cuidados são estes? Deixa-se uma pessoa a agoniar, consciente? Prepara-se a morte sem se querer realmente saber da pessoa que morre? Não bastou o diagnóstico com uma evolução tão rápida e ainda se virar as costas, ir dormir para casa e deixar que o enfermeiro do turno da noite se desenrasca-se a gerir aquela metade de vida? Eu não sei mesmo que médicos são estes, que realidade é esta, que falta de conhecimentos tão grande. Porque era apenas necessário uma perfusão de morfina para devolver ainda alguma paz, alguma dignidade, algum sentido.
Isto revolta-me, a sério que sim. Para quê sofrer tanto? Morrer com falta de ar, com dor, com desconforto, com tudo a que não se tem direito. Continuo sem perceber que cuidados são estes.

Por isso, quando já no final do meu turno a pessoa morreu, eu estava lá a dar-lhe a mão, a conversar, e assisti ao fim da linha. Pedi-lhe que fosse em paz, já que a paz foi coisa que era o seu direito e que não lhe quiseram dar.