quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

36km

Ontem foram mais 36km. E um pé, literalmente, dentro de água. Também há a ressaltar que andámos muito em mato, com necessidade de andar com as bicicletas à mão devido a árvores caídas.
Não quero ser aborrecida e estar sempre a falar do mesmo mas... já disse que isto me faz mesmo feliz? Não sei explicar bem porquê. Mais do que ser aquele sentimento de ser capaz, de me conseguir superar, de aguentar o esforço físico, é a felicidade de sentir o vento na cara, de descobrir pequenos locais diferentes e bonitos, de inspirar natureza e expirar sorrisos. É bom. É mesmo bom.

domingo, 27 de janeiro de 2013

Das minha ambições

Eu não quero muito mais do que a vida me tem dado. Não sou uma conformada, agradeço apenas os meus dias solarengos. Temos sempre sonhos e objectivos. Tenho sempre a lista das viagens, as formações em vista, a escrita. E tenho tanto de bom que fui guardando.
E das coisas que guardo com mais afecto, és tu. O meu amor. De ti eu quero amor. Quero este amor de abraços profundos. Quero este amor de conversas longas. Quero este amor de paixão, também. Quero muitas manhãs de domingo (mesmo que trabalhe muitos domingos) com mimos na cama até tarde. Quero pequenos almoços com tempo e muitos sorrisos. Quero estar a trabalhar e pensar no quão bom vai ser quando chegar a casa e te beijar. Quero jantares em bons restaurantes e apreciar contigo um bom vinho. Quero uma lareira acesa e nós os dois. Quero muitas viagens, em especial as nossas road trips. Quero rir-me contigo quando enterrar a bicicleta na lama. Quero cozinhar e sentir-te a agarrar-me e a encher-me de beijos no pescoço. Quero mergulhos no mar de mão dada. Quero mensagens tuas, bonitas. Quero luares e bons filmes encostada a ti. Quero ser feliz fazendo-te feliz. Quero poder dar-te sonhos. Quero-te, para sempre.

sábado, 26 de janeiro de 2013

46km em muito mato

Foi tão bom. É sempre tão bom. Hoje éramos 5. E sim, fiquei para trás nas subidas grandes. Mas também me sujei à brava na lama. E ri-me de quase me ter enterrado. E superei-me em número de quilómetros feito. 
Sofre-se sempre um bocadinho. Ou muito, vá. Deseja-se muitas vezes que a nossa casa seja já ao virar da curva. Mas isto de superar os nossos limites tem muita força. A nossa resiliência e o nosso pensamento centrado em continuar a pedalar contam muito. Como em tudo na vida, continuar a lutar, mesmo quando já não há corpo que aguente tantas feridas nem cicatrizes.O que é que há mesmo a perder?

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Querida chuva

Gostaria que nos desses tréguas. Pelo menos para poder, amanhã, pegar na bicicleta. Estou a precisar de uma actividade ao ar livre, com sol (pronto, se estiverem nuvens também dá). Será que fazes o favor? É que quase duas semanas depois deste tempo manhoso, sonso, insípido e escuro já não há paciência que aguente. 
Atenciosamente.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Vamos ser felizes*

As pessoas andam baças. Esta falta de sol, este excesso de crise, esta necessidade de se querer mudar tudo com o novo ano, os sonhos em suspenso até que a troika nos deixe, os nossos percalços pessoais... Nós, as pessoas reais neste mundo demasiado impróprio, andamos em desequilíbrio, à espera que um dia a balança equilibre, sempre à espera, nessa espera que nos corre no sangue. Espera é o legado deixado desde o tempo de D. Sebastião, para nós, portugueses. Espera e incerteza. E, já agora, insatisfação. Nunca nos contentámos com o nosso canto. Quisemos o mundo. Fomos atrás de África, da Índia, do Brasil. Sempre fomos ávidos mas já perdemos tudo. Deve ser por isto que hoje estamos onde estamos. Carregamos uma dívida que nem é bem nossa. Carregamos uma história que é a História mais emocionante de todas. Mas o que nos resta senão lendas, estátuas e monumentos? O que nos resta senão sonhar? O que nos resta senão re-inventar esta tristeza, cozinhando-a, metendo-a no forno e transformá-la numa coisa bonita? 

domingo, 20 de janeiro de 2013

Lazy sunday

Sair do trabalho às 8h30, após mais uma noite laboral. Viagem, banho bem quentinho, almoço em família e adormecer profundamente ao som da chuva. É tão bom. Melhor? Melhor só abraçada ao meu amor*

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Tou na lanterna dos afogados*

Esta bipolaridade minha, esta dualidade tão oposta. Estou tão cansada. Imensamente cansada. Hoje corri à chuva para me fugir. Para decidir coisas tão importantes. A vida foge-me, os sonhos fogem-me [é uma noite longa, para uma vida curta]. Tenho tanto para sorrir, tanto para ser feliz e estou aqui. Presa. 



*na versão da Maria Gadú

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

E então o que fizeste numa semana?

Ontem fiz 32km de bicicleta. Cheguei bastante enlameada a casa e com uma pontinha de orgulho ferido: vi uma descida em terra batida, com algumas pedras e uma inclinação média e desci com a bicicleta à mão. A sério? O que é que me deu? Medo? Oh por favor, já tinha feito uma pior. Enfim. Erro a não cometer.

De resto tenho vivido. A dissertação chama por mim e eu cansei-me de lhe fazer ouvidos surdos. O serviço tem estado com muito trabalho, o que faz com que os turnos fluam vertiginosamente e o cansaço seja uma constante. Sou tutora e isso acresce toda a minha responsabilidade. Por outro lado, abri parênteses curvos ao meu gosto pela boa literatura e iniciei a leitura pelas Cinquenta Sombras de Grey. E, nos entretantos, só penso no quão necessito de um livro novo do João Tordo, porque a má literatura, estupidifica.

E é isto.  

domingo, 6 de janeiro de 2013

17 km em mato

E de como a bicicleta me faz tão feliz. E de como preciso de fazer isto com mais frequência. Hoje soube a pouco, a muito pouco. Mas o pai estava cansado de ontem (que fez 66km) e foi o que deu. Um dia, aventuro-me sozinha.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O início do ano não começou como era suposto. Mas hoje recebi mais uma boa notícia: valores analíticos ok. A experiência que me mudou tanto [cá dentro] e que tem feito estragos [tantos], vai ter um final feliz [tem de ter]. Pudesse eu passar incólume a tudo isto. Pudesse eu não ter esta necessidade tão grande de tristeza, de lágrimas, de viver tudo, já. Eu quero que tudo volte ao normal. Eu preciso da minha paz. De mim, não esta sombra que está a destruir tanto.