terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Por vezes, quanto mais conheço os outros, mais gosto de mim. Chamem-lhe presunção, que não é. 

domingo, 26 de fevereiro de 2012

As realidades que conheço no hospital são, maioritariamente, muito nubladas e cinzentas. São mais as histórias que terminam em mal do que em bem. A evolução é sempre "involutiva". E se, por vezes, parece que passamos impunes e temos sempre um sorriso de motivação para continuar, muitas são aquelas em que nos apetece fechar no buraco mais perto e gritar contra as injustiças que não podemos remediar.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

As cumplicidades que se partilham em tardes douradas, de volta das bolachinhas de amêndoa, com uma música boa de fundo, sem a preocupação de trabalhos por fazer ou coisas para estudar porque o primeiro semestre terminou. O abre e fecha o forno com fornadas deliciosas, o cheirinho que fica pela casa. Eu sou decididamente uma pessoa de gostos simples.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O amor, esse, é uma bênção para quem o aproveita, para quem o sente, para quem é correspondido.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Tropeço em palavras e em frases, que vão ficando ao fundo de um lugar desencantado. Esquivo-me delas metade das vezes que as resgato para os meus lábios e para a candura das folhas brancas.

[Porque são sempre brancas, as folhas onde escrevemos ou a página do word?]

Por vezes, quando me perco no que não consigo dizer, não há palavras que me aliviem o pensamento. Ou então aparecem em avalanche e eu sem nada para as segurar, para as moldar, para as colorir.

[Não percebo metade do que querem dizer (me), essas palavras. Mas fazem-me sentido].

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Dormir bem e muito. Precisa-se.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Desse vício que é o telemóvel

É assim de um mau gosto muito, muito grande e de uma falta de ética e respeito, atender o telemóvel a meio de uma aula, a meio da prestação de cuidados a um doente, a meio de uma passagem de turno.
Mas que dependência demoníaca é esta? E não venham dizer que são só os adolescentes a fazer isto, porque eu afirmo convictamente que pessoas com mais de 30 anos fazem-no constantemente. Como é que as pessoas comunicavam antes de existirem telemóveis? Iam ao correio de 5 em 5 minutos enviar cartas? 

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Eu digo-te sempre o que penso. Não escolho palavras, não guardo para depois, não faço jogos. Sou como tu me conheces, uns dias mais colorida, uns dias mais cinzenta. Uns dias mais forte, uns dias a precisar mais de me aninhar em ti. Para o bem e para o mal tu sabes como eu reajo, como eu sorrio, como eu choro. Tu sabes tanto e eu gosto que me saibas assim, que gostes de mim assim porque se eu não pudesse ser como sou contigo, nada disto fazia sentido.
E o sentido maior de tudo isto, é este amor que nos embacia de sonhos. É a certeza que em dias frios como estes, no futuro, eu vou adormecer sempre quentinha, abraçada a ti.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Eu canso-me da incompetência alheia. Não que eu seja perfeita, nada disso. Mas a vida das pessoas e, importante também, a qualidade com que vivem, é a minha preocupação major na profissão que exerço. Portanto, é-me incompreensível assistir a tanta despreocupação alheia, ao deixa-a-andar, como se uma vida ou a qualidade de uma vida fosse um jogo de futebol da primeira divisão distrital, o qual ninguém quer ver ou indigno de atenção. Às vezes apetece-me chegar ao gabinete médico e simplesmente gritar, abaná-los a todos, sei lá... 
É que no final, quando tudo corre bem e a pessoa tem alta e vai melhor ou estabilizada, o actor principal é sempre o médico e é tão injusto! A sério. Não são todos assim meios-médicos, também há meios-enfermeiros, incompetentes. Mas da minha curta prática, é revoltante assistir a este desprendimento médico.

Mas lá está, com a incompetência dos outros, posso eu bem.