quinta-feira, 30 de agosto de 2007

30 & tal


A amizade. Os debates. O sono [muito]. As odiáveis 7:30 da manhã. A comunidade. O que são cupões? O riso. O cansaço. O encontro. O querer partilhar sem encontrar palavras. A lua. O fogo. A certeza de Ele existir. A história dos cupões. A música. O filme. A chuva. Vai mais um cupão. As antissociais. A incerteza. Bolachas. O lenço verde. O verdadeiro tudo por tudo. Fotografias. A missa e os cupões. O passeio. O querer chorar. A pureza. As mensagens até às duas. Dar a mão. Silêncio. Pedir-Lhe por todos os que fazem parte de mim. O arraial. A dança. As conversas a meio tom.O aprender a dançar música pimba. E mais um cupão [que não será o último]:p

Sim, vou entrar. Continuo à procura de outras respostas. Aos 30 e tal aos restantes cento e tal...um obrigada*

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Conversas com Fernando Pessoa

'Partida.
Dois e dois são quatro. Mas também podem ser cinco. E podem ser quatro e cinco, simultaneamente. E é tudo [mas poderia ter sido nada]. A eloquência de instantes prolongados, a insensatez de pensar que pode ser imortal.
Cinco e zero é mesmo cinco. Foi a tua vez. Se te perguntarem o que sou, diz-lhes que sou uma antítese e uma metáfora.
[Tu não percebeste, tanto melhor]
Seis, sete, oito (...). Perdes-te na tua própria armadilha. Continuo sozinha, o jogo.
Dois e seis, não tenho bem a certeza. Esta taquicardia de te aproximares, faz-me temer a tua vitória. Não deixo. Desistes porque és paz e eu sou guerra. Equilíbrio.
[Se o equilíbrio fosse quebrado ou a simetria destruída? Faltaria a mediatriz da existencia, o ponto médio entre ser e não ser. Mais uma forma de aceder à loucura?]
Penso, discuto-o. Não o entendes, preferes continuar o jogo. Esquece, já o arrumei. Não me apetece voltar a dispô-lo. Já disse que não me apetece e não voltes a prender-me a mão.
Ficamo-nos pelo vazio. Eu não tenho nada a dizer, tu tens mas o medo supera-o.
[Segundos depois]
Vamos jogar ping-pong?'

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Meu pequeno T3


Quando eu te encontrar, sei que vais ser como eu: um arquitecto de sonhos. A nossa casa vai ser construída num sítio simpático, com uma vizinhança do género 'desesperate housewifes', onde possamos ter como cenário um pôr-do-sol mágico e consigamos ver a lua em todas as suas fases.

Vai ser um casa moderna, daquelas com linhas simples e direitas, com muitos vidros, para entrar muita luz. Não vai ser muito grande nem muito pequena: funcional. Vai ter três quartos e uma biblioteca/escritório, onde se possa colocar todos os meus livros, os teus e os das crianças. Não daquelas bibliotecas austeras, com enciclopédias que nunca serão abertas, mas com os meus livros da Anita, os que sobreviveram à minha estupidez de 'rasgar-livros-porque-não-gostava-deles', do género 'branca de neve e os sete anões', a minha colecção de 'Os Cinco', os do Harry Potter e depois, todos os romances, os livros de ficção e os de poesia. Acredita que tenho muitos, nunca os contei, mas são algumas centenas. E na sala, vamos ter uma aparelhagem potente, para ouvirmos todas as nossas músicas.

A decoração vai ser também moderna, sem grandes aparatos mas dinâmica e alegre. E vamos ter um alpendre, com uma daquelas redes e umas cadeiras confortáveis, para que nunca deixemos entrar a rotina. Não é preciso ter piscina mas é obrigatório um jardim grande, com relva e alfazema, e um baloiço onde a Margarida e o Martim possam sentir-se livres. Também podes plantar algumas árvores de frutos e pensar em ter um cão. E não o vamos comprar, vamos buscá-lo a um canil, não quero um desses cães estúpidos e mimados.

Ah, esqueci-me, o nosso pequeno T3 vai ser pintado de branco, a minha cor favorita.




[Ás vezes, também sei escrever crónicas idiotas como a Margarida Rebelo Pinto] :p