quarta-feira, 27 de março de 2013

O meu irmão, essa criatura mais nova que eu sete anos, que eu peguei ao colo mal nasceu, que eu ajudei a crescer, que eu cuidei...Tirou a carta. Oficialmente já pode conduzir. E eu, sinceramente, não sei se ria ou se chore! Estou feliz e orgulhosa mas...ele é o meu bebé! E vê-lo pegar num automóvel... A sério? Tem mesmo de ser? Tem mesmo de crescer tão rápido? 

domingo, 24 de março de 2013

5!

Cinco anos de nós, meu amor. Cinco de anos de uma pergunta urgente que te atravessava a garganta e de uma resposta minha tão sincera. Cinco anos de tudo e, essencialmente, deste sentimento que eu não fazia ideia ser tão avassalador. Cinco anos desse teu sorriso maroto, desses abraços tão reconfortantes, dos teus beijos que me fazem esquecer que há um mundo estranho para além de nós. Se somos perfeitos? Não nem nunca seremos. Quantas vezes já falamos alto, quantas vezes já magoámos, quantas vezes já desesperamos com saudades. E quanta coisa eu já aprendi contigo! Quanto eu já cresci e fui feliz! Quanto eu ainda irei ser!

Cinco anos é tudo e é nada. Para nós é a melhor parte das nossas vidas. E quero muito que assim continue. Tu enches o meu coração de borboletas e ajudas-me a relativizar os meus devaneios. Tu trouxeste-me a calma aos meus pensamentos, o apaziguamento aos meus medos. Eu contigo sou eu mesma, já te disse. E adoro poder ser eu sem me julgares.

Amo-te. Tanto. E ainda tão pouco comparado com o que te posso amar na nossa vida futura. Para sempre, se quisermos ! :)

quinta-feira, 21 de março de 2013

Finalmente peguei na bicicleta e fiz 52km. Finalmente sinto esta moinha boa nas pernas. Felizmente aprendi hoje o que é andar contra o vento (imaginem terem de pedalar numa descida). Felizmente a Primavera chegou em dose de sol e motivação. Agora é pedir à Primavera para ficar. Pedir à chuva e ao frio para irem hibernar. E ser feliz.

terça-feira, 19 de março de 2013

Para o B.

Hoje, enquanto nadava e gastava as últimas energias de uma noite de trabalho, ia escrevendo, mentalmente, tudo o que gostava que levasses na mala de partida.
És mais um dos meus amigos que se vai embora. Por opção, para começares uma nova etapa. És mais um dos meus amigos que deixa o país e vai cheio de esperança (apreensão também, certo?). E eu admiro-te. Ambos sabemos porque vais realmente. Ambos sabemos o quão difíceis foram estes meses. Ambos sabemos que a esperança anda de mão dada com o medo e que tudo pode dar certo ou errado. Nunca se sabe. Pior que ter uma incógnita é ter várias mas sabemos que ficar aqui era estagnar. Era continuar a viver na corda bomba, sempre com o abismo dos dois lados.

Eu acredito em ti e nas milhões de possibilidades que terás para crescer e para ser feliz. Eu acredito que o pior já passou. Que és um Homem como já não existe. Que tens um coração maior do que tu, que não te cabe no peito. Que és uma pessoa boa. Eu acredito no teu futuro mas, se algo correr mal (na mais ínfima possibilidade), eu vou buscar-te ao aeroporto e consolo-te com as músicas e bandas que gostamos. Mas como isso não vai acontecer, ficas, desde já avisado, que adoro Londres e que não me importo de voltar porque me faltam muitas coisas para ver.

Não vou sentir saudades. We still keeping in touch, right friend?

segunda-feira, 18 de março de 2013

Eu já não sei escrever. As letras, sempre tão amigas, tão presentes, as palavras que rimavam sem serem convidadas, sequer, a aparecer. Não sei quando perdi o gosto. Não sei quando me abandonei demasiado a mim mesma e aos meus pensamentos e me esqueci de exteriorizar a revolução que ia cá dentro. Não sei.

Não me tornei numa pessoa menos irónica. Não me transformei numa pessoa menos reflexiva (pelo contrário). Não deixei de ter dúvidas nem medos (antes tivesse). Continuo a ter opiniões, a ter necessidade de falar mas olho para uma folha e todos os meus sentidos se alteram, toda a minha distracção se enovela e se mistura com ideias sem nexo. Não sei escrever. Nunca soube, convenço-me agora. Não sei dizer nada porque todo o meu mundo é, agora, demasiado real e eu já não sei fantasiar. Já não sei brincar com o abstracto. Que falta que isso me faz, sabem? Mas nem tudo é mau. Se já não me apaixono por palavras, adormeço a encontrar a música. Exploro os meus limites físicos e a minha resistência em bicicletas e corrida. Dedico-me a transformar ingredientes em pratos bons. Aprendo a viver comigo e com a solidão de quem já não sabe bem onde vive nem que cidade é sua (e esta Coimbra que já me (des)encanta há 8 anos). Aprendo que tomar um café a ler o jornal e a estudar as pessoas à volta é dos vícios mais relaxantes. E, claro, tenho sempre os meus livros. Podem levar-me tudo menos o gosto por ler. Aposto a vida em como vou retirar sempre o maior prazer da leitura.

Esta sou eu, já sem saber dizer coisas bonitas. Esta sou, a arranjar desculpas para não sentir falta desse heterónimo.

terça-feira, 12 de março de 2013

Já se passaram 3 meses desde que me piquei num utente com hepatite c. E hoje, as análises específicas hepáticas revelaram que está tudo bem. Falta a carga viral mas vai estar negativa, concerteza.
E agora, senhora consulta de doenças infecciosas, encontramo-nos só daqui a 3 meses. Porque o pior, dizem, já passou.

E eu sorrio, apesar de andar com uma ansiedade doida, sem razão aparente. Sorrio e agradeço esta bênção, este re-começo.

domingo, 10 de março de 2013

Do Justin Bieber (ou de um mundo maluco)

Acabei de ver numa reportagem televisão, uma miúda de 15 anos com uma tatuagem enorme no braço com o nome do moço. Dizia a rapariga, perante a estupefacção mal-disfarçada do jornalista, que nunca se ia arrepender, que o amor dela pelo cantor ia crescer e ser eterno. A sério? É para isto que andam os pais a crias os filhos? 
Espero que os meus pais tenham visto a notícia e agradecido por não terem assim filhos malucos. Ou isso ou ficarem satisfeitos com a educação que deram. 

quarta-feira, 6 de março de 2013

Ler, ler muito. Dissertação (de vez em quando). Apresentação para formação em serviço. Folgas. Chuva e nada de corridas nem bicicleta. 
Como tenho saudades da Primavera e do Verão, senhores! Já não suporto tanta roupa escura, tantos casacos, botas e toda esta panóplia pesada de Inverno! Eu sou de Verão, decididamente. Sempre fui. Calor a mais nunca é problema. Roupas brancas ou claras, calções e sabrinas/sandálias. Tão simples, tão prático, tão trendy, tão leve. Quero noites grandes, gelados e sangria gelada. Quero horas de bicicleta ao fim da tarde ou corridas bem cedo. Quero mais sorrisos nas pessoas, mais bijuteria, mais cabelos soltos. Quero praia. Quero esplanadas e sardinhas assadas.

Sou só eu?

sábado, 2 de março de 2013

42.8 Km e dia de aniversário

Então e o que se faz no dia de aniversário, para além de receber os parabéns e os presentes fofinhos?
Vai-se para o mato, de bicicleta, fazer 42,8 km que souberam tão bem! Há mais de duas semanas que não pegava na bicicleta (a estática não conta, certo?) e foi maravilhoso. Claro que o meu pensamento estava focado no maravilhoso jantar de família que foi perfeito. Em casa, com os pais, mano, avós e namorado. Haverá coisa melhor do que estas simplicidades e estes afectos? Do que aquela liberdade das grandes descidas em que não sabemos o que vamos encontrar a seguir?

Bem-vindos, 26. Que sejam iguais aos 25 mas com mais dois cabelos brancos.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Março, oh Março*

Março é o meu mês. Por nada em especial, por tudo de único na minha vida. Março alberga o meu dia de aniversário. O começo da Primavera e a mudança para a hora de verão. Março tem o dia da Poesia. Foi em Março que comecei a namorar com o meu amor.
Portanto, por mais acordos ortográficos que vigorem, para mim, Março terá sempre letra maiúscula.


*já agora podem acompanhar com "Águas de Março" do Tom Jobim e Elis Regina