domingo, 17 de fevereiro de 2008

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Peço-te a candura dos dias mais que perfeitos. Peço-te a poesia de uma existência que já não existe. Peço-te que leves tudo de meu que já não me pertence.
Peço-te tão pouco, tanto para um comum mortal. É como se um reflexo de um sopro de vida tão inverosímel, se esbatesse numa possibilidade tão ínfima, tão pura, tão impraticável.
A equiparação, o reverso, a magnitude de se ser música sem melodia. Um acaso qualquer por entre dias sem registo temporal.
E tudo num equilíbrio assimétrico de imprevisibilidade.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Everything*

Apetece-me escrever um texto por cada momento dos últimos tempos. Apetece-me reflectir sobre cada palavra dita, não dita, sentida, morta. Sobre todas as suposições, os encontros, os sorrisos, os abraços, o mundo, a amizade, as despedidas, a alienação, a perfeição, a liberdade, a tristeza, a espera, o recomeço, o silêncio, os passeios, as supresas, os cafés, o estágio, o sono, os miradouros, a amizade, os livros, os filmes, as brincadeiras, as mãos dadas, a poesia, o amor, as noites, a música, as conversas, as mensagens, os projectos, as crianças, os dias, as coincidências, os devaneios, a paciência, o riso [...]

Precisava de fintar o tempo, de inventar um espaço onde exista apenas um vácuo do mundo. Preciso de me chamar, eu que ando por aí a brincar com a leveza de quem sabe já o que quer, sabendo conjugar maturidade e imaturidade. Preciso de mim, pode ser?