sexta-feira, 29 de abril de 2011

Pagar para ter formação na minha área e levar com um formador que só sabe ler os diapositivos é surreal. Já para não falar que é uma nulidade a nível de pedagogia.

terça-feira, 26 de abril de 2011

da blogosfera

há pessoas que escrevem com uma luminosidade de dias de verão, de uma forma que nos envolve em sentimentos de pertença, de identificação, de admiração. Pessoas que brincam com letras e constroem ideias e pensamentos que nos fascinam. Pessoas que partilham aquilo que são sem falsos pretensionismos.
E felizmente a blogosfera conserva algumas dessas raridades. Poucas mas boas.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

o (meu) amor

Houve um tempo em que acreditei. Que queria (te) encontrar alguém especial. Houve um tempo que lutei. À minha maneira, mas lutei. Houve um tempo em que o mundo desabou porque andava a lutar por pessoas que não sendo as certas, não me eram as erradas. E houve dois ou três ciclos assim. Depois houve um tempo em que desisti. Em que achava que o problema era meu. Que exigia demais de mim e dos outros e que mais valia andar ao sabor do mundo, em vez de ao sabor das minhas aspirações.
E num tempo assim confuso, sem querermos, sem sabermos muito bem como, tu e eu cruzámo-nos. 
E hoje eu sou feliz. Tu já não és o meu sonho, sequer. Tu és tu. Com todo o teu lado lunar mas, essencialmente, com toda a tua luz. Tu mudaste tudo para melhor. Ensinaste-me a usar aguarelas coloridas quando eu só tinha um lápis de carvão.
Tu és tu. E eu gosto tanto de ti.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

É tudo uma canseira

É tudo uma tremenda canseira. Todas as pessoas andam cansadas de qualquer coisa. É dos dias cinzentos que voltaram ou dos dias de sol que são demasiado quentes; é da falta de dinheiro ou de não saber como gastá-lo; é do FMI ou das eleições; é das gordurinhas ou das horas de ginásio; é do trabalho ou do estudo. Há sempre qualquer coisas ali que nos deixa a arfar de tédio. Qualquer coisa que tem de existir para que nos possamos queixar.
Eu não sou excepção. Canso-me das saudades.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A (minha) casa é onde tu estás.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Segunda noite seguida. Sono. Olheiras. E o desejo que as 8h30 cheguem bem e rápido. E que os meus utentes durmam bem.
E agora que o FMI anda por aí, há que aproveitar o trabalho e não reclamar muito. Por mais que me apeteça reclamar que já é a 4ª noite deste mês.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

cansaço?

É um cansaço um bocadinho físico mas, essencialmente, emocional. Pelo que passou, pelo que se segue. Uma expectativa sem ser bem expectativa porque não sei aquilo que espero mas temo pelo que virá. Inexplicável esta pequena angústia porque são vários medos misturados, surreais, pequenas miragens que assustam pela ilusão. E as minhas coisas são as minhas coisas. Não ando cá a contar a ninguém porque nem eu sei bem o que contar.
É isto apenas. Uma agitação interior.

domingo, 10 de abril de 2011

Trabalhar assim uns sete dias seguidos custa. É por isso que as folgas com muito sol e risos são do melhor.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Playlist

Na playlist das televisões a música é sempre a mesma, FMI. Mais do que o que virá é já estarmos a sofrer por antecipação. Está-nos na matriz do ADN também este sofrimento antes do tempo. Raio de país o nosso que não troco por nada.

terça-feira, 5 de abril de 2011

As palavras são hoje vermelhas. Como foram ontem. Como serão sempre. Vermelhas da cor do sangue que me corre, que me mantém os sinais vitais. Vermelhas porque é do vermelho que muitos têm medo.
As minhas palavras nunca serão pretas. Nem roxas. Talvez brancas, quando eu souber escrever de forma puramente solta.
Até lá ficamos assim.

domingo, 3 de abril de 2011

A minha educação é melhor que a tua?

Eu não sei onde os meus pais tiraram o curso mas foi, com toda a certeza, com uma média final de 20. É que a educação que dão, tanto a mim como ao mano, devia ser a educação que todos os pais dão aos filhos. Os meus pais não são melhores que os teus. São os pais melhores que eu podia desejar nesse aspecto. Cá em casa não se liga a televisão na hora das refeições. Conversa-se. Conta-se como foi o dia. Desabafa-se. Cá em casa aprendi, desde muito jovem, a gerir o meu dinheiro. A ir com o meu pai ao banco. Aprendi a poupar. Cá em casa explicaram-me que não se gasta mais do que o que se tem. Aliás, é imperativo. Cá em casa sempre falaram à minha frente do emprestimo da casa, dos juros. Porque o dinheiro não vem com as andorinhas na primavera. O dinheiro vem do trabalho.
Ensinaram-me que o saber não ocupa mesmo lugar. E fui criada nos tempos pré-históricos dos dicionários, enciclopédias em papel e cálculo mental. Explicaram-me ainda que não vão durar para sempre portanto, que me mexesse para aprender a viver e me tornar o máximo independente possível. Também me disseram que um curso superior é uma coisa séria. Que soubesse escolher e que não andasse apenas a pôr dinheiro ao lixo. E ainda me avisaram que não é vergonha nenhuma trabalhar no shopping tendo um canudo na mão.
Pudemos afirmar que tive uma espécie de infância à rasca. Não tive game boys, playstations nem roupas de marca. Começamos a passar férias já eu tinha uns 14 anos. Fazíamos refeições fora muito raramente, do género passeio anual em Fátima com o cesto da comida já pronto de casa.
Estamos à rasca e ainda não viram nada. Porque toda a gente se habituou a viver à larga. Porque é mais importante ter um telemóvel do que legumes para fazer sopa. E pior que a crise financeira, é a crise de valores.