quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Shopping

Ir às compras sozinha é do melhor. Felizmente sou daquelas pessoas pouco indecisas mas também pouco paciente para andar com pessoas atrás. E assim ninguém se aborrece.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Sinais de perigo




Não gosto quando me dizem :"Não tens razões para pensar assim". Se penso é porque houve uma razão. É um premissa básica. Por mais certezas que estejam lançadas na mesa, o mundo vive de metamorfoses. E assiste-se a tantas coisas que é complicado acreditar só em coisas boas. Às vezes, é como se todos os meus pensamentos fossem minados por sinais de perigo.

domingo, 26 de setembro de 2010

Pela Metade


Pergunto-te por onde andas, sem querer saber realmente a resposta. Para quê? Os lugares não serão comuns. As pessoas não serão o eu. Pergunto-te porque acredito que um dia me vais responder que estás ao meu lado, que te posso tocar sem ter de usar a imaginação. Que me vais beijar com poesia nos lábios, sem sombras nem nuvens, nem a sentença de que cedo ou tarde, não vai dar para adiar mais e vais ter mesmo de ir. Portanto não quero saber realmente. Ou é tudo ou nada. Ou estás aqui ou não estás. Ou vais ou ficas. Eu sei que vais porque tem de ser. Assim como eu também vou porque estou a cumprir o meu fado. Cada um no seu caminho certo. Tão díspar, por enquanto. Tão tremendamente díspar que é quase um drama teatral.

Estou a exagerar? Que seja. Começo a entrar numa fase totalmente diferente em que não suporto opiniões de pessoas que não me dizem respeito. Estou um bocadinho cansada do politicamente correcto, dos comportamentos sociais, da exposicão mediática, dos amigos que não são amigos. Quero demais o meu anonimato para poder olhar os outros, para me poder rir dos que vivem e são dependentes de aparência, de moda, de facebook, de centenas de amigos virtuais, da última tecnologia de ponta. Quero rir-me mesmo. Porque isso é viver pela metade. Porque nem sempre o tamanho da conta bancária ou do soutien é directamente proporcional ao nível do grau de altruísmo, de cultura, de bom coração.

Só não quero censuras porque tenho dificuldade em lidar com saudades. Porque as sei tão bem desde há tanto tempo e porque talvez ainda não as conheça nem pela metade. Porque pelo menos eu sei que ainda é possível colmatá-las. Ainda há esperança para que um dia terminem em bem. Mas há pessoas que vivem a saudade por inteiro. E eu prefiro nem pensar nisso.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

2.5


2.5 de Amor, de descobertas, de risos, de lágrimas, de saudade, de distância, de sorrisos, de jantares, de crepes e waffles com gelado, de conversas, de aprendizagens, de palavras, de momentos, de promessas, de certezas, de discussões, de projectos, de mensagens, de mimos, de apertos no coração, de esperas, de expressões inventadas, de passeios, de fotos, de tanto e tão pouco ainda.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

E é tudo.

O teu corpo cheira ao tabaco reles com o qual te conspurcas todo o dia. Sabe-me ao fumo lento, que sobe em espirais e te leva a imaginação. O teu corpo desaparece-me do olhar frequentemente, desaparece-me da saudade, da eloquência do o possuir. Falo sem saber ao certo o que penso, porque tudo é cinza num dia de sol. Porque tudo ficou enevoado e as palavras ainda me batem no cérebro. E é tudo.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010


Apetece-me férias. Mas férias a sério, com direito a semana fora, muitas pessoas bonitas, jardins, lojas, rio, museus, fontes, céu azul, pôr do sol, comida boa e diferente, esplanada, roupa fashion, gelados e a sensação única de liberdade.

sábado, 18 de setembro de 2010

Rugas no coração

Cansam-me as depedidas, já o disse e não me deixo de repetir. Eu sei o que pesa a distância. Eu sei que as palavras nunca poderão colmatar a presença física, por mais adequadas e bonitas que forem. Eu sei.
Eu sei que me apetece sempre chorar quando viro costas. Eu sei que cresço quando assassino as lágrimas com um sorriso. Eu sei que os sentimentos podem fortalecer-se com distância. Mas sei que isso pode ser também um cliché. Eu sei que nem toda a gente me percebe. Mas eu sei que alguns que ficam, sentem tanto ou mais do que eu.
Custa o beijo, o abraço e o sorriso último. Custa mais sair do que ficar. Já tenho rugas no coração de tanto que se encolhe quando digo adeus. Se isto vai ter um fim? Não sei. Talvez quando eu crescer a sério e me sentir segura em tudo. Até lá, é um bocadinho de mim que se despede e que perco.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Sou como todas as mulheres


Sou como todas as mulheres, não há volta a dar. Gosto de mimos. Gosto de beijos demorados, de abraços sentidos, de cavalheiros, de ser surpreendida, de cartas apaixonadas, de flores, de bilhetinhos, de jantares românticos. E gosto de não ter de dizer tudo, que me consigam ler nas entrelinhas. Mas também sou como todos os homens deveriam ser: gosto de dar.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Beijinhos aqui e acolá...BAH!

Eu não gosto de chegar a um determinado sítio, onde está reunido um conjunto de pessoas, e ter de cumprimentar toda a gente. Beijinhos aqui e ali, e mais não sei onde e a paciência a esgotar-se. É uma perda de tempo, principalmente com pessoas que até se cruzam comigo várias vezes e/ou não são amigos.
Não gosto. Não gosto de andar a esticar-me toda para chegar à pessoa mais do fundo; nem de ficar lambuzada com as pessoas que espectam, literalmente, uma beijoca gordurosa da face. Qual é o objectivo? Não posso simplesmente chegar e dizer : "Ei, tudo bem? Beijinhos a todos" e sento-me. Pronto, assunto resolvido. Vai dar ao mesmo porque a hipocrisia é, quase sempre, a mesma. Às pessoas realmente especiais é bom dar um abraço demorado. Às pessoas que estão longe e raramente estamos juntas, é bom cumprimentar. É bom dizer "que crescida (0) estás"; "estás bonito (a)"; "tive saudades".
Penso que esta alergia vem dos tempos de miuda, nas grandes reuniões familiares em natais e páscoas, onde havia para aí umas trinta pessoas e o cumprimento prolongava-se à chegada e à partida. Não havia direito, eu só queria os meus primos para brincar, não queria cumprimentar meio mundo.
Às vezes a minha atitude pode parecer de antipatia. Não é. Simplesmente não concordo com essa convenção universal. E está tudo dito.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010


Porque é que nós pedimos as coisas, dizemos aquilo que gostamos, quase que imploramos e na hora de dar, o que é dado ou é inexistente ou não tem nada de semelhante com aquilo que pedimos? As pessoas são burras ou quê? É que nem sequer pedimos nada de especial, apenas o necessário para se manterem laços e relações equilibrados.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Já escurece tão mais cedo. Da mesma forma que amanhece tão mais tarde. Há outro outono por aí à espreita. Renova-se o ciclo. Os caloiros chegam à cidade. Os "novos" ou reciclados programas chegam à televisão. O cheiro das castanhas assadas na rua. As romãs. As primeiras chuvas e o cheiro a terra molhada. Os novos projectos. O planeamento de acender a lareira. As folhas mudam de cor. Tanta coisa. E eu só tenho saudades de um verão que não tive.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010


Se me pudesses dizer ao ouvido tudo o que me disseste ontem, todos os dias, o medo tornava-se branco.





terça-feira, 7 de setembro de 2010

"Os Cinco"

Por vezes é bom ler algo muito leve. Uma coisa ingénua, simples, sem falsos moralismos. Algo que nos devolva a sonhos bons. Fiz uma pausa em leituras boas. Vou começar um autor russo e sei que será uma temporada conturbada. Portanto, voltei à infância e começei a ler os "Cinco". Engraçado como a memória a longo prazo é realmente poderosa porque me recordo da essência de cada livro. Li-os mais do que uma vez, é certo. Foi com eles que aprendi que ler, é mágico, que os livros nos podem fazer muita companhia. E já sentia saudades dos quatro miúdos e do cão. Portanto, com a chuva lá fora, não há noite mais mágica do que adormecer a ler, compulsivamente, capítulos e mais capítulos.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

De azul



É de azul que as nossas memórias se enchem. Do nosso azul português, tão vivo que derruba qualquer "blue" depressivo. E não há azul como o nosso. Garanto-te.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010


Tu prometes-me o futuro e eu não sei acreditar. Não sei mesmo. Porque todos os meus medos sempre me fizerem duvidar da estabilidade, dos sonhos. E eu sempre tive e tenho tantos. O meu maior sonho foste tu. Um sonho que não estagnou porque continuas a sê-lo, todos os dias. O sonho que cresce, que abrange sonhos mais pequenos, que aglutina tudo isso, que se tem transformado no nosso sonho. E o nosso sonho passa por essa promessa, por milhares de planos ainda pouco definidos mas desejados. Portanto, para pessoas como eu que vivem no presente mas sempre com um olho no futuro, as promessas têm de ter sinais que serão cumpridas. Ou então crescem os receios.