quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Foi por esta altura que, em 2007, nos conhecemos. Desde aí, nunca mais tive sossego no coração. E ainda bem.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Dos lugares onde sou feliz

Voltei de um dos sítios que me faz feliz. Porque não voltar aos sítios onde fomos felizes? Aos sítios que nos continuam a encher a alma de amarelo límpido e nos fazem acreditar que tudo é possível? E desta vez foi ainda melhor porque levei mais gente que gostava e que passei a gostar. Foi bom. Férias assim, ainda que tenham passado de forma tão veloz, valem um ano inteiro de trabalho, de saudades, de inquietações, de distância. Queria mais, quero sempre mais. Obrigada, acima de tudo.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Quebro o meu corpo no teu em mil momentos de nada e uns tantos outros de coisa nenhuma. Quebro-me assim, depois de tanta construção e teoria, sem querer mais nada do que a tua paciência para me reconstruir. 
Sou vidro opaco, vermelho sangue. Confundem-se os estilhaços com esse líquido que me preenche. Portanto tem cuidado, não te magoes. Não o fiz de propósito. Precisava apenas que me colasses as ideias, num match poit com o meu corpo. Precisava que me arrumasses. Obrigada e bom trabalho.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Diário de uma (noite) Enfermeira #5

Estavas com as pupilas dilatadas. Os teus olhos tão abertos, tão esbugalhados. Fixos em lado nenhum. Estavas sudorética. Mas os teus olhos. Os teus olhos não me saem da cabeça. Gritei o teu nome. Chamei-te. Abanei-te. E continuavas na tua letargia. Não era possível, deixei-te a dormir e tinha-te exorcizado os fantasmas. Como podias estar assim? Pensei em tudo e fiz-te a picada no dedo. Os teus diabetes estavam-te a matar. Como te estão matar desde os oito anos de idade. És tão nova ainda e já tão revoltada, tão doente, nem tu sabes o quanto. 
Glicose a 5% directa na corrente sanguínea. Soro glicosado e devolvo-te a vida. Mastaste-me de susto, miúda. Mais 5 minutos e tinha-te perdido. Tremo agora. Mas salvei-te. Salvei-te da ignorância que teimas em manter porque queres sempre controlar tudo. Apeteceu-me gritar-te para nunca mais andares a administrar a insulina que queres sem o nosso conhecimento. Apeteceu-me mas em vez disso passei-te a mão no rosto e devolvi-te o sono.