segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Amar-te-ei em Veneza

"-- Amar-te-ei em Veneza? - soletro a medo.
-- Queres saber a resposta que encontrei?
Aceno afirmativamente com a cabeça, de coração subitamente aberto.
-- Amar-te-ei em Veneza...ou em qualquer outro lugar do mundo, meu amor. Na saúde e na doença, na riqueza ou na privação. Os teus medos tocam-me dentro dos meus sonhos.
Beijo-o com todo o meu ser. (...)


in Contigo esta noite, de Joana Miranda






Passei a gostar de finais felizes, imaginem lá a ironia. E a culpa é TUA.
Eu amar-te-ei também em qualquer lugar do mundo, não te esqueças.

sábado, 6 de setembro de 2008

Ser JMV

Um ano…
Um ano depois de ter entrado neste universo JMV ao mesmo tempo que um ano depois de teres entrado na minha existência.

Há um ano atrás não sabia o que procurava. O convite surgiu, afinal, já conhecia o grupo de jovens. Só não sabia o que era fazer parte dele, nem quem eram as pessoas que o tornavam tão especial. Por isso fui. E pela primeira vez, usei o lenço verde. E aprendi músicas. Aprendi a orar. Aprendi a encontrar-me. Aprendi aquilo que queria do futuro. Aprendi a fazer amizades. Aprendi a ser espontânea. Aprendi a simplificar. Aprendi a esperança. Aprendi que não posso responsabilizá-Lo pelo que nós, mortais, fazemos. Guardo a melhor confissão de sempre, as lágrimas pela pureza do momento, as gargalhadas. Guardo os amigos, as danças pimba, o desejo de ser melhor, a vontade de entrar a sério, as conversas sérias e menos sérias. E guardei-te a ti, meu amor.

Um ano depois, reencontro Felgueiras com uma magia mais sublime. Regresso ao local com maiores certezas da minha fé, com vontade de aprender mais e de me entregar a Ele. Regresso de mãos dadas contigo, sempre com a certeza que te amo; regresso com amizades consolidadas; com saudades dos amigos espalhados pelo país; com vontade de dignificar a nossa terrinha; a querer conhecer mais gente.

E trago na memória tudo. A viagem de ida, contigo a conduzir e a transpor as raias oblíquas. Eu e a Za a encolhermo-nos. O Bastos e a Mara sempre a rir. Chegamos e só o Couto encheu tudo. Eu a escolher onde queria dormir. Dar um abraço aos amigos de Lisboa. Dar-te a mão. Dar-te sempre a mão. A minha comunidade. ‘Onde o Couto vai parte tudo’. Primeira noite e as conversas com a Evinha e a Mara e as brincadeiras com as restantes meninas. Primeiro pequeno-almoço em comunidade. Primeiros debates. O Espírito Santo. Os risos. O nosso passeio. As conversas em dia com todos. Tu a ofereceres-me o pin e a colocá-lo no meu lenço. O calor e o desejo de bailleys com gelo. As mensagens sobre isso com o Marco. A confissão. A sala a meia luz e a carta. A minha reflexão e as lágrimas. Tu a sentares-te ao meu lado a apertares-me a mão. A dança. A música. A alegria. A Barbara a dar o iogurte à boca do Marco. Riso. Cucujães a preparar a encenação. Nós a aproveitar os últimos momentos. A conversa antes de adormecer com a Mara. Sono.
Um banho de luz apagada. A missa. O Zézituh e a fome. A nossa conversa. O padre e África e o voluntariado. A nossa ida à capela e os nossos desejos em uníssono. Amigo secreto. O Bino no seu melhor com os óculos de sol vermelhos. Mais debates. A Tita e a sua história do burro no quinto andar. Tu a pegares na guitarra e a tentares ensinar-me o básico. O Zé sempre a brincar comigo e a levantar a sobrancelha direita. O bailleys outra vez. Relembrar Lisboa. Os minutos contados para estar contigo. A minha mãe a ligar e tu a dizeres que eu não comia nada. A procissão e nós sempre juntos. O Terço. A serenata a Maria. Tu a emocionares-te quando eu, juntamente com eles, cantava aquela música a Maria e olhava para ti. A corrida até ao santuário. Iogurte e bolachas. O dia em que mais cresci em relação a nós. A mensagem que tu gostaste. O cansaço. ‘Não vá eu morrer hoje…’ Mensagens das meninas para o Bino. Upss, não era para o Mateus. Dormir.
Último dia. Oração. Estar contigo. Reunião de região. Brincadeiras com o chupa-chupa. O Bastos e as fotos. A Mary e o comentário ao Eduardo. Aquele blá blá blá antes do almoço e nós a brincar. Última refeição em comunidade e a Ba a dar o almoço à boca do Marco. A perversidade da banana. Outro passeio nosso. Ida à capela com as duas meninas. O emplastro. Tu a brincares com a minha trança e os meus caracóis. A nossa Marisa a presidente nacional. A nossa Eva a vogal nacional. A missa. O lenço. As músicas. Nós a brincar enquanto esperávamos. A Mariana das gémeas a stressar que não tinha voz. Ensaios para o festival atrasados. Cucujães e making of com o Nito no seu melhor. Cucujães e a sua música. A letra escrita por mim. Tu a abraçares-me. O Bastos muito sério. Eu, a Eva e o PMC. O intervalo com aquelas músicas. O nosso jantar com a Eva e tu a obrigares-me a comer o mesmo que tu. Menos um rissol e um copo de sumo! O Richa é o meu amigo secreto. Melhor making of: Cucujães! ‘Onde o Couto vai parte tudo’. Melhor letra: Cucujães! A Mara a chorar quando me abraçou. A Eva emocionada a abraçar-me. Tu a abraçares-me e a sussurrar o teu orgulho. O Bastos e o Gasosa a abraçarem-me. O João todo contente. O Marco a dar-me os parabéns com um abraço. O resto do pessoal todo contente a dar-me os parabéns. ‘Onde o Couto vai parte tudo’. Primeiro prémio: Cucujães. Saltamos para o palco, nós todos, quase trinta. A gritar o mesmo lema. A mostrar quem somos. Rock in Couto 2008. O Nito a chamar-me a mim e à Mara para cantarmos com eles a nossa canção vencedora. O pessoal toda connosco. Muitas lágrimas. ‘Quero dedicar-te a ti’, disse-te ao ouvido. Abraços. Despedida. Promessas de visitas a Cucujães. Últimas fotos. Viagem de regresso sempre a cantar. O Bastos a tocar guitarra. A Za a improvisar letras. Tu sério, enquanto conduzias. Assobios no túnel. ‘Eu convosco, assim, ia até ao fim do mundo’. Nós os cinco a cantar a música do dragon ball.


Foi especial, foi muito. Por tudo. Obrigada a todos. A Ele, em especial. E a ti, porque nos conhecemos neste contexto, sempre com e segundo Ele. E porque ao longo deste ano, crescemos imenso e soubemos ser o que somos hoje. ‘Quero sempre fazer-te feliz’ !