domingo, 11 de maio de 2008

Encosta-te a mim

Porque o tempo nos tem esgotado, acelerado sempre que te dou a mão. Ainda mais do que o meu pulso apical que gostas de avaliar. Porque tudo se tem tornado demasiado importante, num desenvolvimento simples, tranquilo. Num aconchego intraduzível.
E digo-te baixinho, para que só oiças mesmo se estiveres atento. Digo-te baixinho aquilo que cantamos, abraçados, numa noite tão plena. E até te posso dizer a letra toda. E posso abraçar-te. E posso brincar contigo. E posso...


ser feliz.

Mesmo que acorde sempre com sono a mais, mesmo que tenha sempre um trabalho qualquer para apresentar, mesmo que a rotina, por vezes, me vença, mesmo que veja todo o sofrimento das pessoas que cuido, mesmo que não tenha tempo para pegar num bom livro, mesmo que não saiba o que é a televisão há uns meses.

Tu sabes. Enconsta.te a mim.