terça-feira, 14 de agosto de 2012

O meu tempo muda com o teu. Melhor, o meu tempo, acentua-se com o teu. Se estás de vento, eu assumo-me como o siroco. Se estás de chuva, eu brindo-te com a minha luz numa estrondosa trovoada. Se estás de sol, eu faço com que a temperatura atinja máximos. Porque eu não sou lume brando nem meios termos. Sou sempre o pior e o melhor, assim, intempestiva. Eu, que aprendi que o cinzento é o equilíbrio entre o preto e o branco, sou de luz ou de negrume, nunca daquele degradé de fim de noite ou de dia. Assim, tudo a ser vivido na taquicardia, que o meu coração, sinto-o muitas vezes, vive no limite.

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