quarta-feira, 10 de março de 2010

To my twin

Dear;
Tenho saudades daquelas conversas. Sim. De me deitar na tua cama, apagarmos a luz e ficarmos a desfiar histórias, problemas, a procurar compreensão e uma forma de mudar o mundo. Por sermos assim, tão iguais, tão gémeas, como costumamos brincar, temos muita ingenuidade na forma como encaramos as coisas. E aquelas conversas no escuro, serviam de terapia quando as nossas desilusões nos deitavam abaixo. Podiamos ser a Izzie, a Meredith ou a Yang, talvez sejamos um bocadinho de cada uma delas. E ambas sabemos, que, tal como a Meredith, nós iamos afogar-nos. E tinhamos medo disso.
Tenho saudades dos nossos risos histéricos, das maquilhagens, de juntas, nunca chegarmos a horas para nada. E da nossa frase, dita tantas vezes no hall do nosso sexto trás, no elevador ou na rua. E de algo acontecer e olharmos uma para a outra, com tanta vontade de rir ou de comentar que nunca aguentávamos e falavamos ao mesmo tempo. Do meu bailleys e do teu whisky. De sermos tão iguais, desta alquimia que mais ninguém entende. E não precisamos de o dizer todos os dias. Às vezes passamos dias sem o dizer. Já não precisamos, sequer, de palavras.

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