quinta-feira, 4 de março de 2010

Tempo

A espera resume-se ao tic-tac de um relógio interno, em que os segundos se convertem em eternidades e não exista nada que possa substiuir ou disfarçar esse interregno. Sabemos de antemão que algo vai acontecer, que os ponteiros nunca podem parar, mas nada é suficientemente grandioso para nos afagar a ansiedade e nos dar bom-senso.
Porque o tempo é certo, é sempre igual. E a espera está-nos nos genes, principalmente após continuarmos a aguardar que D. Sebastião regresse nessa manhã mítica de nevoeiro. E porque afinal, enquanto esperamos, somos já parte desses momentos, vivendo-os e costurando sonhos.

Sem comentários: