domingo, 9 de maio de 2010

e eu amei-as.

As tuas palavras eram poesia mórbida. As tuas palavras matavam-me sem eu dar por isso porque, para mim, eu achava que vivia mais intensamente através dos nossos diálogos impossíveis. Eras manipulador e usavas algo que sempre venerei para atiçar os meus pensamentos. Apaixonei-me por elas, pelas palavras que achava tuas. Nunca foram. Nunca foste tu, sequer. E agora sei-as feias, negras, qual buraco negro que me levava em devaneios e me fazia levitar sem sair do chão. Agora sei-te assim porque mudaste. Porque já falas como os comuns mortais e, embora perdendo todo o encanto, és real, homem sem deus, partitura de uma musica banal. És assim. Sempre foste. Menos as tuas palavras e eu amei-as.

1 comentário:

as disse...

és de alguma maneira triste isto que escreves, apesar de sentir um pouco de odio e amor no que dizes, sinto que o odio é mais forte e no final sinto que é triste isto que escreves