sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Das amigas (pessoas) especiais

Eu gostava de poder ser sempre tua amiga. Eu gostava de ter sempre uma palavra certa para ti, como tu tens para mim. Eu gostava de te poder proteger das tuas aspirações, dos teus sonhos, dos teus devaneios. Eu gostava de te poder dar um chão, uma pertença qualquer, mais abraços sem que  ficássemos constrangidas. Eu gostava de pegar em ti e levar-te a Cuba. Ou então, à avenida dos Champs Elysées e comprarmos tudo o que nos apetecesse. Eu gostava mas não sei (até porque estamos em crise). Não sei porque a vida é tão incerta e nunca te poderia prometer nada que saiba que possa não cumprir. Não a ti, que estás farta de promessas. Não a ti, que és especial mas que vives no tal equilíbrio entre o branco e o preto. Não a ti, que ora vives na mais pura realidade, ora te refugias na fantasia mais delirante.
Eu gosto muito de ti. E dói-me o que me disseste na última semana, que foi mais ou menos como: "és, neste momento, a melhor amiga, a mais presente". Dói-me porque eu não sei se estou à altura, porque eu não posso magoar uma pessoa tão ferida como tu. 
Mas eu reitero: eu gosto muito de ti. Ou melhor: adoro-te. No matter what. E venha o que vier (espero estar à altura).


Foto: Paris' 2010