Gostei muito que o Argo tivesse vencido na categoria de melhor filme. Acho que gostei um bocadinho mais dele do que do Django, não tenho bem a certeza. São dois filmes diferentes mas realmente bons e nada enfadonhos. E pronto, era só isto.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
domingo, 24 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
I will wait*
Vou esperar que, um dia, o meu trabalho não seja apenas isto de mentir. Hoje disse a um doente meu que ele não ia morrer. O senhor insistia que sim e eu disse que não. Mas vai. Vai morrer com uma doença hematológica qualquer. Ele que me disse que trabalhou uma vida inteira, às vezes 3 dias seguidos sem dormir, por essas estradas fora.
Vou esperar que, um dia, os meus dias não sejam a fazer pensos a 7 úlceras de pressão, à mesma pessoa. Mesmo que já ninguém invista naquele ser magro, frágil e, ainda, relativamente jovem.
Vou esperar que, um dia, por cada punção que faça, por cada colheita de sangue, eu promova a cura de alguém. O que é uma terrível mentira. Eu não curo ninguém. O que é que colocar um catéter periférico numa pessoa lhe vai fazer, para além de doer? O que eu faço pode ser, no máximo, uma ajuda, uma via que leve vida, energia. Mas nunca cura. Nem as minhas palavras servem de conforto a alguém, eu que minto aos meus doentes para lhes afastar fantasmas em noites intermináveis.
Vou esperar porque, por agora, eu não promovo saúde. Aliás, eu abomino toda essa conversa da promoção da saúde e prevenção da doença. Chavões, gíria de enfermagem muito agradável ao ouvido e que se materializa em nada, na prática. Porque, para muita gente, a promoção da saúde são uns panfletos e uma sessão de educação para a saúde, toda bonitinha, num power point muito clean cujos efeitos na população/comunidade são zero.
Vou esperar porque eu quero fazer mais do que assistir a estes desfechos em que nada do que faça, restaure uma centelha de vida. Vou esperar porque, embora a morte nos seja a única certeza, há muito mais que se possa fazer enquanto respiramos, há muito sangue desenfreado a correr-nos na corpo, num tumulto furioso mas percursos de tantas sensações boas.
*Na versão tão boa dos Mumford and sons'
*Na versão tão boa dos Mumford and sons'
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A minha mãe faz-me tanta falta! Mas é assim que se cresce, certo?
domingo, 17 de fevereiro de 2013
Dos nossos dias dos namorados

Portanto, festejar o dia dos namorados em três dias foi mágico. Realidade? Já? Estava tão bem aninhada em ti.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
48km em bicicleta
Foram puxados. A corrida de ontem, apesar de muito benéfica, contou também com vários exercícios e mais um tanto tempo de caminhada. O bolo completo, que foi mais de uma 01h15min a fazer exercício, deixou-me com algumas dores musculares. E sim, os músculos envolvidos na corrida e na bicicleta são diferentes mas hoje sentia uma espécie de moinha o que não foi compatível com a extensão do percurso. Mas fez-se. Com maior esforço e com menos velocidade mas fez-se. Até porque foi maioritariamente em estrada. E soube bem, com um sol maravilhoso e com os campos cobertos por flores amarelas, que foram um regalo e um tónico emocional.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Falo-vos hoje de corrida
Fiz 4km em 25min. É favor não dizerem que é uma bela de uma bosta porque é. Mas digo que, praticamente, já não corria desde Setembro. E o que eu gostava mesmo de ressaltar foi que me senti feliz a correr. E que aguentava mais. Não corri com medo dos efeitos colaterais, que são as dores, e porque gostava de pegar, amanhã, na bicicleta. Foi um sentimento libertador. O parque vazio, só eu, o meu irmão e o mp4. E claro, a bendita chuva. Não torrencial, como é óbvio, mas uma chuva que nos abençoava, que nos dava ânimo.
Sim, sou viciada em exercício físico. Mas, a maior parte das vezes, é um vício feliz.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Com folga nos Carnaval, mas não estando no Brasil nem em Veneza, desejo a todos um bom frio por essas ruas fora. Não sei se é da idade ou se é mesmo do tempo, mas o espírito de andar por aí a divertir-me em pleno frio é coisa que me atemoriza. O que eu queria mesmo, era estar num hotel assim no meio da neve, com um bom vinho e uma boa lareira.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Equilíbrio e mais 32km
Equilibro-me em cima de duas rodas e faço-as andar. Faço-as andar mesmo quando as pernas já não colaboram ou a lama quase me faz cair. Faço-as andar mesmo quando quase perco o equilíbrio com a roda traseira a fugir ou apanho pedras. Também as faço andar nas grandes descidas, mesmo que trave demais.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Spielberg e Tarantino: Diz que é uma espécie de crónica cinematográfica
Eu adorei o Django, do Tarantino. Gostei mesmo. Uma realidade devastadora contada de forma recambulesca e que culmina com a ascensão de um herói improvável, num final, surpreendentemente, feliz. Nunca fui fã de finais felizes, género contos de fadas com "felizes para sempre". Mas este final foi delicioso. Por outro lado, quase que adormeci com o Lincoln do Spielberg. E o facto de o filme ser um bocadinho enfadonho, contando uma história real, faz dele, provavelmente, o vencedor dos Óscares de 2013. E isto chateia-me. Não me tira o sono mas desconforta-me. Tudo bem que é uma história comovente mas eram precisas duas horas e vinte minutos para contar aquilo? Não eram. Fez-me aprender? Fez, claro. Fez-me admirar um presidente que mal conhecia e ir pesquisar sobre a guerra civil americana? Claro que sim. Mas isto não foi uma história inédita. O guião estava escrito há mais de um século, um guião verdadeiro. Tinha diálogos brilhantes? Pois tinha. Mas o Django, na minha opinião, tinha melhores.
E a verdadeira chatice é que isto é um repeat de 2011, em que venceu o Discurso do Rei, quando havia um filme verdadeiramente alucinante e delicioso: o Inception. Portanto, é mais do mesmo. Aliás, isto é sempre a mesma coisa. Pessoas do cinema: peguem numa história de um herói verdadeiro, género Vasco da Gama e façam um filme um bocadinho longo e um bocadinho chato. É a receita para ganharem um Óscar.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Se Janeiro voou, Fevereiro, mês mais pequenino, deve também passar num ápice. E começa sempre bem: com o aniversário da melhor mãe do mundo. Daquela que luta por aquilo que acredita. Daquela que faz da família, a sua prioridade. Daquela que abraça os outros com palavras de amor infinito. Por vezes desleixa-se em prol da vida familiar. Muitas vezes deixa de fazer aquilo que gosta para fazer o que tem de ser feito. É muito raro vê-la no sofá. Talvez quando esteja constipada. É muito raro vê-la desistir de algo.
Portanto, só lhe desejo que seja feliz, tal como lhe escrevi, hoje, numa carta. Que durante muitos anos continue a ser esta mãe presente, querida e cheia de vida. Que tire mais tempo para si. E que sorria muito, sempre.
O orgulho que tenho dela é indescritível.
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