segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O que escrevo eu quando não sei o que escrever, quando escrever é aquilo que me liberta do meu lado obscuro?
[ Porquê? Não posso ter um lado obscuro?]
O que escrevo eu quando os meus alicerces são água e o meu chão uma jangada de madeira? Ou o que escrevo quando as minhas ideias são tantas e incoerentes, sem matéria que as envolva e as estruture?
[Quem decidiu que as ideias têm de estar estruturadas? Que os parágrafos têm de ter ligação?]
O que escrevo em dias destes, de futilidade literária?
[Ou o que escreverei quando terminar Lev Tolstoi e o seu Anna Karenina?]
O que escrevo se me ensinaram que tudo é matéria e eu me sinto a anti-matéria? Existirá, de verdade?
[Hoje não sei o que escrever. E tenho tanto para dizer. Até amanhã.]

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