quarta-feira, 6 de outubro de 2010


A minha memória alberga lugares que já não existem. Foram vários os sítios onde já fui feliz e onde já não o fui. Lugares que guardavam histórias, que por qualquer razão se auto-elevaram na memória e tinham uma magia qualquer. Já lá não estão. Aceito que as pessoas que desses lugares e dessas memórias fizeram parte, tenham desaparecido ou esbatido. Aceito que esses lugares já não são meus (nunca o puderam ser, realmente). Mas não aceito que já não sobre nada senão lembranças. Que os lugares físicos se tenham transformado. Isso é um atentado à minha sanidade mental, ao meu passado. Quem vai acreditar no que vivi se já nem o chão de pedra lá está? Se a sombra substituiu um lugar de sol imenso?


Quem? E se eu própria me esqueço?

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