terça-feira, 13 de abril de 2010

Telemóveis há muitos...

Desfazer-me das coisas que me fizeram feliz pode ser uma experiência traumática daquelas que só lá vai com medicação e terapias de grupo. Pode parecer um exagero. É. Mas não deixa de ser minimamente real.
Agora tenho de substituir o meu telemóvel. Já tem quase cinco anos. É um nokia modelo qualquer coisa que entretanto me esqueci mas que tem tudo o que preciso. Tem máquina fotográfica (1,3 megapixels, básico, mas serve), agenda, despertador, messenger, conversor, 3G...Em suma, um amor de telemóvel, sem essas mariquices do abrir e fechar e do desliza ou deixa de deslizar, muito menos é touch screen. Só já está com a bateria viciada. Pequeno pormenor. Mas sofre violência doméstica (às vezes também é noutros locais) da minha parte. Infrino-lhe cada queda. Sou distraída com ele, sempre fui. Mas pensei que ia aguentar sempre. Só que de há um mês para cá e, após ter levado com sopa em cima (não me questionem como lá foi parar a sopa, foi muito mau), nem que caia de uma distância de um centímetro, desliga-se. E depois é lá andar com os ganchos do cabelo a arranjar uns metais, ou secá-lo com o secador. E agora também lhe dá para quando recebo ou faço chamadas, não permitir que a pessoa do outro lado, me oiça. É um pequeno transtorno. A sério. Eu convenço-me disso. Mas são falsas ilusões. Tenho de admitir. A coisa amorosa já está quase a finar-se. Mas eu não quero. Eu prefiro comprar-lhe uma bateria novinha da nokia e que custa mais do que um telemóvel simples. Eu prefiro ser retrógrada e não ter um touch screen.
Mas já não vai lá com quereres. E a hora de o trocar aproxima-se. E pior que isso, não lhe vejo substituto à altura. Sou assim, esqusita. Ou saudosista.

2 comentários:

Nhacretcheu disse...

Vou ter saudades dele =(

Bjinho, puky

medeixagozar@ disse...

Ando a pensar comprar um novo, mas agora fizeste-me pensar... LOL

Bjs,
http://medeixagozar.blogspot.com/