quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Quero

Sabe-me a nada, o tempo que tenho. Sabe-me sempre demais, sobeja-me, especialmente nas noites mal dormidas, onde há fantasmas por todo o lado e, se não os há, eu invento-os ou vou buscar os meus.
Há dias em que não existem palavras que me alimentem esta ansiedade. Quero um bom livro, uma boa carta, uma daquelas mensagens de há muito tempo [anos] que me libertem do marasmo que é viver sem me expressar dignamente. Quero uma daquelas frases que possa dedicar a alguém, que me resuma algo. Quero deleitar-me com um parágrafo que poderia ter sido eu a escrever e identificar-me num discurso impossível. Quero mais, mais letras conjugadas que parecam roçar a impossibiliade. Até pode ser um poema, uma daquelas de Sophia ou Fernando Pessoa, mas sem ser deles porque já conheço a sua obra.
Quero conhecimento. Muito. E quero essencialmente que me entendam nesta busca de um graal literário. Quero palavras bonitas porque preciso delas... E triste é quem me conhece e só as dê raramente...

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