sábado, 7 de julho de 2007


Acaba-se assim mais um ano. O meu segundo ano na faculdade.
O temível ano que todos afirmavam ser a mais dura prova teórica esbate-se assim, com a rapidez e leveza de ter sido o ano das novidades, dos sorrisos, de alguns trabalhos, de estudo intensivo apenas na época de frequências e de algum orgulho próprio.
Esquissos momentos com os amigos, as peripécias, os passeios pela adorada Coimbra, as praxes, a queima, os jantares, as visitas dos amigos, a perfeição e a angústia.

Descubro numa qualquer unidade extra-curricular, a que chamam experiência, que tudo é apenas um ciclo e eu, rotinofóbica por natureza, espero quebrar este meu ciclo, apesar de em cada volta me surpreender com coisas boas. Amante da liberdade, sei-me apenas cansada deste turismo pela existência, perdida nos meus próprios conceitos e cansada da racionalidade que se impõe. Gosto dos momentos onde existe a electrizante plenitude de emoções e tenho tentado evitar os laços, aqueles que me prendem já me limitam bastante. Afinal ninguém é livre porque toda a gente ama, e o amor, seja ele de que forma for [até disfarçado de ódio] é a maior condicionante da liberdade.

Alguém me disse que sou e penso assim porque as pessoas que sabem ficar comigo, nunca são as pessoas com quem eu quero ficar. Deve haver aí uma desregulação afectiva qualquer no meu sistema límbico, que me diferencia um pouco dos comuns mortais. Incomum, já eu me sentia, agora neurologicamente diferente, é-me novo.


[Nada a que não me habitue]

1 comentário:

Anónimo disse...

/Eu quero ficar. Pensa nisso.