quinta-feira, 28 de junho de 2007

Génios

Einsten introduziu a teoria da Relatividade, sabendo pouco ou nada de como a física e as questões linguísticas se podem intersectar.E o Einsten era um génio, como o era Fernando Pessoa, Leonardo da Vinci, Darwin.
Pergunto-me, para que nos servem tantos neurónios se vivemos na mediocridade? Ou cada um de nós é um génio?Se eu realmente fosse assim, não ficava com uma taquicardia desgraçada de cada vez que entro numa sala de exames, ou me apercebo que tenho um dossier cheio de folhas para empinar [sim, empinar, e não me venham com conclusões que, como dizia o meu FP, "a única conclusão é morrer"]. Na maior parte dessas folhas imaculadas, onde predominam quadradinhos de diapositivos, todos tão bem arrumadinhos, [a maior parte já com os apontamentos das aulas] encontro aquelas frases que me deliciam a mente: fragmentos de poesias minhas ou dos meus poetas preferidos, letras das músicas que me dizem muito, algumas calinadas dos profs,ou as frases dos amigos que tanto me fazem sorrir.Fico no anfiteatro a ouvir palavras que pouco me dizem, sempre com sono a mais ou paciência a menos. Há dias em que tenho sorte, daqueles em que o pessoal se lembra que, ah e tal, as aulas teóricas devem servir para alguma coisa. E nesses dias, ponho a conversa em dia, troco mensagens com 'o amigo lá de cima', comento que o prof tem ar de gay e que vestir aquela camisola aos losangulos amarelos-roxos-vermelhos-verdes devia ser considerado um acto de puro terrorismo.





[Mas, meus amigos, não se iludam, aparecem sempre os mesmos às aulas teóricas. Se a minha consciência deixasse, juro que também nunca aparecia]

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