Tenho saudades tuas. Desmesuradas. Tenho vontade de te tocar à campainha e levar-te a correr ao Choupal. Tenho saudades de uma jantarada com um bom vinho tinto. Tenho saudades da varanda da tua casa e de nós os três a conversar. Tenho saudades de te mostrar música. Saudades de um turno contigo.
Onde é que nos perdemos, miúda? Vale de alguma coisa tentar explicar-te que sempre estive do teu lado? Que continuo a guardar-te, tal como ao nosso miúdo grande, como uma das bênçãos que aquele serviço me trouxe? Que te vejo para além dessa doença parva? Que te aceito de braços abertos e esqueço que duvidas de mim?
Guardo-te. Sempre. Deste lado esquerdo* Guardo-nos, com sorrisos aos molhos e sonhos impossíveis.
*Eels