sexta-feira, 6 de setembro de 2013

* all the beautiful things

Tenho saudades tuas. Desmesuradas. Tenho vontade de te tocar à campainha e levar-te a correr ao Choupal. Tenho saudades de uma jantarada com um bom vinho tinto. Tenho saudades da varanda da tua casa e de nós os três a conversar. Tenho saudades de te mostrar música. Saudades de um turno contigo.

Onde é que nos perdemos, miúda? Vale de alguma coisa tentar explicar-te que sempre estive do teu lado? Que continuo a guardar-te, tal como ao nosso miúdo grande, como uma das bênçãos que aquele serviço me trouxe? Que te vejo para além dessa doença parva? Que te aceito de braços abertos e esqueço que duvidas de mim? 
Guardo-te. Sempre. Deste lado esquerdo* Guardo-nos, com sorrisos aos molhos e sonhos impossíveis.


*Eels

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Ora, do tempo

Deste que voa. Voa sempre. De um tempo que não dá para agarrar. Ainda ontem andava a correr na praia e a mergulhar numa água deliciosamente quente e hoje saí de mais uma noite de trabalho na cidade que me deu oportunidade de crescer profissionalmente. Ainda ontem o verão começava com dias de sol que não acabavam e hoje, às 20h, já não havia sol.

Eu abomino estes dias que diminuem de luz tão cedo, neste prenúncio de tempos de chuva e frio. Eu sou do Verão. Nunca do inverno (que leva logo com letra minúscula). Eu sou de sol e tenho medo de lados lunares (e logo eu, que tenho várias faces desse prisma). Eu sou de dias, não da noite. Sou de sangria fresca e não de chocolate quente. 

Têm sido raras as vezes em que consigo saborear um momento aparentemente eterno. Tudo está a andar a uma velocidade de ponta e eu desconfio que alguém anda a acelerar o universo. É que só pode.